O Steam completou 20 anos de existência. Apesar de muitos jogadores de PC terem detestado o Steam quando foi lançado, a verdade é que percorreu uma longa e bem sucedida estrada.
Quando foi lançado há 20 anos, em 12 de setembro de 2003, parecia que a Valve estava a tentar tirar os navegadores de servidor multijogador e até os nossos DVDs. O Half-Life 2 de 2004, que exigia que o Steam fosse reproduzido mesmo se o utilizador comprasse um disco físico, fazia o Steam parecer uma peça glorificada de DRM. E por que se haveria de pagar à Valve, muitos editores de jogos perguntaram, quando poderiam construir ou comprar as suas próprias plataformas de distribuição digital, como Origin da EA ou UPlay da Ubisoft?
Mas Half-Life 2 e os seus mods acabaram por se tornar num grande sucesso que os jogadores de PC não podiam ignorar – e os acordos feitos pela Valve com editora após editora rapidamente tornaram o Steam a plataforma de jogos perfeita para PC.
Vinte anos depois, ainda há quem esteja a entrar no grupo, como a EA, Ubisoft, Microsoft, Sony e parceiros. A Square Enix voltou totalmente. Até a Blizzard começou a colocar jogos no Steam desde o início deste ano. Enquanto isso, a Epic doou milhões de euros em jogos grátis para impulsionar a sua nova Epic Games Store, e ainda assim está a lutar para competir com o impulso do Steam.
Hoje, a Valve diz que o “objetivo final” do Steam era “dar a qualquer desenvolvedor de jogos uma maneira de alcançar os seus jogadores e construir o seu público diretamente”. E realmente tornou-se numa grande plataforma para descoberta de jogos independentes.
O número de jogadores do Steam disparou durante a pandemia e não parou: 10 milhões de jogadores estavam ligados simultaneamente aos jogos em janeiro passado. O portátil para jogos Steam Deck acrescentou um novo lugar atraente para jogar.
Hoje, já ninguém diz que o Steam é um DRM – Digital Rights Manager; é apenas um lugar conveniente para comprar e jogar jogos, com vendas constantes e novas funcionalidades a serem acrescentadas (como um bloco de notas na nuvem ou streaming doméstico) a cada um ou dois anos.
Fonte: Engadget
