A Deloitte anunciou, em comunicado enviado à imprensa, que os milhões cinco mil milhões de euros que as startups de semicondutores vão receber ao longo do próximo ano são o reflexo do aumento da procura de chips num contexto de crise de oferta prolongada.
A escassez de chips foi um dos momentos mais alarmantes das crises vividas pelo setor de TI em 2021. Este ano, a indústria anseia por uma recuperação, com a Deloitte a prever que muitos tipos de chips ainda estarão em falta este ano, apesar de a realidade ser menos grave do que na maior parte do ano passado.
“Haverá atrasos ao longo de 2022 até que a oferta atenda à crescente procura […] Não é apenas a proliferação de dispositivos de consumo, é o facto de que muitos produtos mecânicos na indústria estão a tornar-se cada vez mais digitais e muitos setores verticais estão a tornar-se mais dependentes da digitalização”, destaca a consultora no estudo “Previsões em Tecnologia, Mídia e Telecomunicação – TMT Predictions”.
A Deloitte prevê que as empresas de capital de risco globalmente investirão quase seis mil milhões de euros em startups de semicondutores em 2022.
O estudo aponta ainda outras tendências, como a implantação do Wi-Fi 6 que promete superar os dispositivos 5G e o uso de criptografia homomórfica para gestão de dados confidenciais.
Segundo o levantamento da Deloitte, apesar do desdobramento comercial do 5G, os dispositivos de Wi-Fi 6 estão a superar os dispositivos 5G por uma grande margem e provavelmente continuarão a fazê-lo nos próximos anos. Pelo menos 2,5 mil milhões de dispositivos Wi-Fi 6 devem ser lançados em 2022 contra aproximadamente 1,5 mil milhões de dispositivos 5G.
A razão para isso é que o Wi-Fi 6, tanto quanto o 5G, tem um papel significativo a desempenhar no futuro da conectividade sem fios, não apenas para os consumidores, mas também para as empresas.
O ano de 2022 também verá uma grande discussão sobre a regulação da Inteligência Artificial de forma mais sistemática, com propostas a serem feitas, embora a promulgação destas em regulamentações reais provavelmente não aconteça até 2023, considera a Deloitte.