A SpaceX vai aumentar a capacidade de fornecimento de banda larga no espaço Starlink para mais de 10.000 pequenos satélites em órbita baixa da Terra nos próximos anos, e espera poder disponibilizar um serviço para smartphones via T-Mobile reduzindo os tempos atuais para metade. A novidade foi avançada pela CNET.
A SpaceX fez um pedido de autorização à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos para equipar alguns dos seus satélites Starlink de segunda geração com hardware “direto ao smartphone”.
Este é um importante obstáculo regulatório que a empresa espacial de Elon Musk deve superar para conseguir ter até meados do próximo ano o negócio fechado com a T-Mobile para ligar as duas redes de dados com vista à erradicação das zonas mortas móveis, que ainda se verificam em boa parte do território americano.
De referir que ainda está em análise um pedido de autorização para a SpaceX a lançar 7.500 satélites Starlink “Gen2” antes do final da década. A nova capacidade permitiria à Starlink “fornecer voz, mensagens e navegação básica na web em velocidades de pico teóricas até 3,0 Mbps ou 7,2 Mbps de pico de upload… e até 4,4 Mbps ou 18,3 Mbps no download”, lê-se na notícia.
Nos Estados Unidos e no Canadá, a velocidade de download da Starlink tem vindo a apresentar uma queda nos últimos meses. Ainda assim, a internet da SpaceX é a mais rápida entre as fornecedoras de sinal via satélite.
Há outras empresas que também estão a trabalhar para oferecer banda larga móvel baseada no espaço, como a AST SpaceMobile, com sede no Texas, que lançou recentemente um satélite de teste com uma enorme variedade de antenas relativamente fáceis de detetar a partir do solo.
A SpaceX já lançou 3.500 Starlinks de primeira geração e assegura que poderia oferecer cobertura “completa e contínua” de smartphones com 2.000 satélites Gen2 equipados já em 2024.
Como a “Gen 2” é mais pesada que a “Gen 1”, o foguetão Starship seria a melhor opção para o transporte, uma vez que tem maior capacidade de carga e volume. Só que o Starship não está pronto, por isso a SpaceX vai ter de usar o Falcon9, um foguetão de capacidade intermédia.
Para caber no Falcon9, a empresa modificou os seus satélites de segunda geração, o que atrasou o desenvolvimento do equipamento.
