A SpaceX planeia lançar o seu sistema Starlink para telefones neste outono, dependendo da aprovação da FCC. A empresa revelou a data prevista de lançamento num documento, a que a PC Mag teve acesso, sobre as novas regras da comissão sobre o fornecimento de conectividade via satélite às operadoras dos Estados Unidos, também conhecida como “cobertura suplementar do espaço”.
“A SpaceX apoia quase todos os recentes pedidos SCS da Comissão e espera lançar o serviço comercial direto para telemóveis nos Estados Unidos neste outono”, escreveu a empresa.
O processo também dá mais informações sobre os objetivos de longo prazo da SpaceX para o sistema Starlink “direto para a célula”, que transmitirá dados da Internet para smartphones não modificados no solo, tornando-o uma forma útil de dar resposta a consumidores em zonas mortas de rede móvel.
“Embora a SpaceX pretenda atualmente fornecer navegação de texto, voz e web através da sua rede de cobertura suplementar, inovações futuras podem permitir um serviço de cobertura suplementar ainda mais robusto e recursos aprimorados”, escreveu a empresa. “Embora este serviço melhorado não substitua as redes móveis terrestres, forneceria uma fonte melhorada de conectividade onde essas redes não existem”, acrescenta.
Ainda assim, a SpaceX afirma que a estrutura atual da FCC para o fornecimento de conectividade via satélite para telefones tem um obstáculo. O pedido da empresa insta a Comissão a afrouxar o limite agregado de frequências de rádio para satélites celulares, especificamente a “densidade de fluxo de energia agregada fora de banda, de tamanho único”.
A SpaceX e sua parceira T-Mobile – a primeira operadora americana a adotar a tecnologia móvel Starlink – disseram anteriormente à FCC que o limite de radiofrequência é muito restritivo. A SpaceX apresentou o pedido enquanto vários grupos comentatam à FCC sobre a sua estrutura para permitir conectividade via satélite para telefones. Isto incluiu cientistas preocupados com o facto de os satélites Starlink da SpaceX representarem um risco existencial para a radioastronomia, citando o aumento da interferência de rádio.
Mas, num documento separado enviado à FCC, a SpaceX disse que tem trabalhado com a comunidade astronómica para mitigar os riscos potenciais. A empresa também disse que a Comissão poderia considerar exigir que as empresas se coordenassem com a National Science Foundation antes de operarem serviços de conectividade por satélite nos Estados Unidos.
Fonte: PC Mag
