A SpaceX, empresa fundada por Elon Musk, está está a começar o lançamento de uma grande e inovadora revolução na internet. Na quinta-feira passada entre as 10:30 e a meia noite , a SpaceX iria lançar um foguete Falcon 9 de Cabo Canaveral, Flórida, mas foi adiado por duas vezes devido ás más condições climatéricas, sendo o seu lançamento agendado para hoje dia 17 de Maio. Acomodados dentro do nariz do foguete estão 60 satélites de tamanho pequeno projetados para testar uma internet flutuante chamada de Starlink.
Musk diz que a empresa precisará de mais seis lançamentos, com 60 satélites por voo, para conseguir uma cobertura mínima, iniciando então a primeira fase de operação da Starlink. Com 720 satélites em órbita (em uma dúzia de lançamentos), a cobertura seria considerada “moderada”.
Starlink, programado para ser concluído em 2027, consistirá de aproximadamente 12.000 satélites – mais de seis vezes o número de todas as naves espaciais operacionais agora em órbita. O objetivo é cobrir a Terra com acesso à Internet de alta velocidade, baixa latência e economicamente acessível. Mesmo a implantação parcial da Starlink beneficiaria o setor financeiro e traria internet de banda larga para áreas rurais e remotas.
Embora concluir o projeto possa custar US $ 10 bilhões ou mais, segundo o presidente e diretor de operações da SpaceX, Gwynne Shotwell, Musk disse durante uma teleconferência com repórteres na noite de quarta-feira que poderia render à companhia talvez US $ 30 a US $ 50 bilhões por ano.
Dito por Musk, “vemos a Starlink como uma maneira da SpaceX gerar receita que pode ser usada para desenvolver foguetes e naves espaciais cada vez mais avançadas; acreditamos que podemos usar a receita da Starlink para financiar o Starship”. Starship é o nome do enorme foguete reutilizável que a empresa vem testando nos últimos meses, que será capaz de lançar naves para outros mundos — como Marte. Tal foguete será capaz de transportar até 100 pessoas de uma só vez para a Lua ou ao Planeta Vermelho.
Não vai ser fácil, porém, como Musk não se coíbe de dizer.”Há muita tecnologia nova aqui. Portanto, é possível que alguns desses satélites não funcionem”, disse Musk. De fato, ele acrescentou que há uma “pequena possibilidade de que todos os satélites não funcionem”. Musk forneceu novas informações sobre a Starlink e detalhes mais específicos sobre o plano, que ocasionalmente aparecem em arquivos públicos da Comissão Federal de Comunicações.
Embora os documentos possam ser difíceis de analisar, permitiram que especialistas do setor dessem palpites sobre o funcionamento da Starlink. “Esta é a nova rede mais empolgante que já vimos há muito tempo”, disse Mark Handley, pesquisador de redes de computadores da University College London, que estudou e modelou a Starlink. Acrescentou que o projeto pode afetar a vida de “potencialmente todo mundo”.
