A SpaceX adiou a estreia do seu foguete Starship e do foguete Super Heavy devido a uma válvula congelada. O foguete de dois estágios tem 120 metros de altura, mais alto que a Estátua da Liberdade. A próxima janela de lançamento disponível é quarta-feira, no entanto, as equipas no solo estão a continuar o abastecimento até aos últimos segundos da contagem regressiva de segunda-feira.
Esta missão representa um marco importante na ambição da SpaceX de enviar seres humanos de volta à lua e, finalmente, a Marte. Se for bem sucedida, será o veículo de lançamento mais poderoso da Terra, com ambos os componentes projetados como componentes reutilizáveis. Protótipos fizeram cinco voos sue espaciais até 10 km acima da Terra nos últimos anos, enquanto o propulsor Super Heavy nunca deixou o chão.
O fundador, Elon Musk, disse que espera poder enviar os primeiros humanos para Marte dentro da próxima década, e acredita que com os testes recentes das naves Starship, eles estão no caminho certo. A empresa conseguiu avançar muito rapidamente, uma vez que teve sucesso em encontrar novas formas de fabricar e montar peças de foguetes, reduzindo drasticamente os seus custos.
O Starship é um projeto arrojado, com capacidade de transportar até 100 pessoas para outros planetas. A Administração Federal de Aviação concedeu na última sexta-feira uma licença para o que seria o primeiro voo de teste do sistema de foguete totalmente empilhado, eliminando um obstáculo regulatório final para o tão esperado lançamento.
No entanto, a SpaceX não é a única empresa com planos ambiciosos de visitar outros planetas. A Blue Origin, de Jeff Bezos, também está a trabalhar em foguetes reutilizáveis para levar os humanos para o espaço. E a NASA continua a trabalhar no seu próprio programa Artemis, com o objetivo de levar a primeira mulher e o próximo homem à lua até 2024.
Este adiamento é uma pequena pedra no caminho da SpaceX, mas é um lembrete de que ainda há muito trabalho a ser feito antes que a humanidade possa se aventurar em mundos distantes. No entanto, com as empresas privadas liderando o caminho, parece que o futuro do espaço está nas mãos daqueles que têm a ambição, engenhosidade e financiamento necessários para tornar essas visões uma realidade.
Fonte: Reuters