Depois do arrefecimento dos ânimos — motivado pela aquisição da Bungie por parte da Sony por algo como 3,2 mil milhões de euros —, já-se conhece em maior detalhe aquele que foi o acordo de compra do estúdio e distribuidora, Bungie. Inicialmente, o acordo foi anunciado como uma compra de 3,6 mil milhões dólares, no entanto, cerca de 1,05 mil milhões de euros têm como destino a compensação a funcionários resultante da alienação do capital próprio da Bungie.
Esta semana ficou marcada por várias informações que avançaram algumas das informações mais importantes ligadas à indústria dos videojogos. Em janeiro, se a grande manchete era a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft por uns estrondosos 59,99 mil milhões de euros. Em fevereiro, o marco cifra-se nos 3,6 milhares de milhão por parte da Sony numa clara resposta ao feito da Microsoft ainda que vinte vezes inferior em volume monetário. Ficamos a saber que a Nintendo Switch vendeu mais que a Wii e que a Sony não consegue fabricar PS5 em número suficiente para satisfazer a procura.
Jim Ryan, CEO da PlayStation, reforçou que este seria «[…] um importante passo na nossa estratégia para expandir o alcance da PlayStation para um público muito mais amplo», acrescentando que «[…] (entendem) como a comunidade da Bungie é vital para o estúdio e esperamos apoiá-los enquanto permanecem com independência e continuam a crescer», o que mostrava o compromisso em disponibilizar os jogos desta produtora para outras plataformas não-PlayStation.
Conforme o relatório a que a imprensa teve acesso, cerca de 30% da oferta de aquisição da Sony para Bungie constitui um «diferimento para pagamento a funcionários acionistas» da empresa que garantirão um lugar cativo na estrutura corporativa da empresa no médio prazo, sobretudo com incentivos à permanência. O restante montante de 2,15 mil milhões de euros destinou-se à compra efetiva das ações alienadas pelos acionistas da Bungie. É expectável que a SIE empregue um valor idêntico nos próximos anos para estes funcionários.
Segundo o Washington Post, o acordo significaria que alguns dos funcionários receberiam «o equivalente ao rendimento de um ano» como compensação pela alienação do total de volume de ações (100%) embora não seja uma compensação única. «Os funcionários irão receber 50% do valor dos dividendos provenientes das suas ações até ao acordo com a Sony ser fechado, recebendo os 50% (restantes) nos próximos anos» é referido no relatório.
Durante uma apresentação aos investidores, a SIE aproveitou para dizer que a aquisição permite, acima de tudo, que a empresa aposte na suas ambições programáticas e criativas para criar mais jogos live-service. Fica patente o reafirmar da posição da PlayStation, mais precisamente da Sony, com relação a esta nova aquisição que não pretende que seja exclusiva do ecossistema nipónico, mas que sirva os interesses da comunidade, mas sobretudo da Bungie.
Fonte The Washington Post