O mundo da tecnologia está sempre em constante evolução e a Qualcomm, uma das maiores empresas de semicondutores e telecomunicações do mundo, não fica para trás. Recentemente, a empresa lançou o seu mais recente SoC (System on a Chip), o Snapdragon 8 Gen 3, que já está a ser utilizado no novo Xiaomi 14 Pro, um smartphone topo de gama que já chegou ao mercado chinês.
Na apresentação do Snapdragon 8 Gen 3, a Qualcomm prometeu um aumento de rendimento da CPU em até 30% e uma redução do consumo de energia em até 20%. No entanto, os primeiros testes de rendimento e eficiência mostram uma realidade um pouco diferente.
O Snapdragon 8 Gen 3 apresenta uma configuração distinta da geração anterior, com um núcleo Cortex-X4 de alto rendimento a 3,3 GHz, cinco núcleos Cortex-A720 a 3,2 GHz e dois núcleos Cortex-A520 de alta eficiência a 2,3 GHz. Um analista chinês muito conhecido realizou uma série de testes centrados no núcleo Cortex-X4, a inovação mais importante deste SoC a nível de CPU.
Tested CPU in #Snapdragon8Gen3 #Xiaomi14Pro
Now I'm concerned.
Performance is great, the best we've seen so far from any Android SOC, it's 13% faster than Snapdragon 8 Gen 2 For Galaxy.
However power consumption has gone up 28%, and efficienty down 11%.
Now this is quite scary pic.twitter.com/6LBKL7k9W2— Golden Reviewer (@Golden_Reviewer) November 19, 2023
Os resultados mostram que o núcleo Cortex-X4 supera em 14% o rendimento de um núcleo Cortex-X3 presente no Galaxy S23 (Snapdragon 8 Gen 2+), e a diferença sobe para 22% quando comparado com o Cortex-X3 do Snapdragon Gen 2. Além disso, o Cortex-X4 chega a duplicar o rendimento de núcleos de gerações anteriores, como o Cortex-X1 do Snapdragon 888 e o Cortex-A78 do Dimensity 1200.
No entanto, quando se trata de consumo e eficiência, o Snapdragon 8 Gen 3 parece dar um passo atrás. O núcleo Cortex-X4 consome 28% mais energia do que o núcleo Cortex-X3 do Snapdragon 8 Gen 2+ e a diferença sobe para 75% quando comparado com o núcleo Cortex-X3 do Snapdragon 8 Gen 2. Este aumento do consumo de energia tem um impacto negativo na eficiência do Cortex-X4, tornando-o um dos piores da tabela.
O rendimento é, sem dúvida, um fator importante, mas na minha opinião num mundo cada vez mais móvel e dependente de baterias, a eficiência energética é fundamental. A Qualcomm terá de trabalhar para melhorar este aspeto nos seus futuros SoCs, de forma a equilibrar o rendimento com a eficiência energética.
Fonte: notebookcheck