Rússia faz “ultimato” a gigantes da tecnologia dos EUA

A Apple e outras empresas de tecnologia dos EUA podem ser forçadas a abrir escritórios na Rússia ou enfrentar medidas punitivas. Acredita-se que esta medida da Rússia faz parte do seu esforço para fazer vincar a sua “soberania” na Internet.

Legisladores russos aprovaram legislação na semana passada que exige que sites estrangeiros com mais de meio milhão de usuários diários na Rússia abram uma filial local ou uma entidade jurídica russa, relata a Reuters:

“Os sites que não estiverem em conformidade serão marcados como incompatíveis nos motores de busca, poderão ser excluídos dos resultados dos motores de busca, e proibidos de anunciar na Rússia e para os russos, disse o parlamento em seu site.”

Os autores do projeto de lei argumentam que a atual falta de tal exigência permite que sites estrangeiros permaneçam formalmente fora da jurisdição da Rússia.

A legislação foi aprovada em sua terceira e última análise na câmara baixa do parlamento do país e agora precisa ser aprovada pela câmara alta e transformada em lei pelo presidente Vladimir Putin, o que é amplamente esperado que aconteça.

A última medida está em conformidade com várias ações do governo russo que permitem que o controlo do estado sobre o conteúdo online no país seja ainda mais estrito. Em 2017, a Rússia baniu VPNs e outros softwares que permitem aos usuários obter acesso anônimo a sites.

Em 2019, a Apple viu-se obrigada a lei do país que exige que os dados dos cidadãos sejam armazenados em servidores locais. E no início deste ano, foi forçada a mostrar aos usuários iOS no país uma lista de aplicativos sugeridos criados por desenvolvedores russos ao configurar um novo dispositivo.

A Rússia também tem como alvo aplicativos e serviços de forma mais direta se entender que estes violam as leis digitais locais. Por exemplo, a Rússia tentou proibir o aplicativo de mensagens criptografadas Telegram depois de se ter recusado a atender às solicitações para entregar as chaves de criptografia que permitiriam o acesso aos dados dos usuários.

Mais recentemente, em março último, a Rússia intencionalmente diminuiu o tráfego do Twitter na Internet à laia de uma punição por não ter excluído o que considerou ser “banned content”.

Fonte: MacRumors

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