O Facebook anunciou uma nova ferramenta que pretende melhorar o combate ao discurso de ódio. A solução assenta na Inteligência Artificial e tem nome de mulher revoltosa dos anos 70: Rosetta.
A rede social detida por Mark Zuckerberg, e que conta com mais de 2,2 mil milhões de utilizadores, teve de encontrar uma forma de extrair texto em diferentes idiomas (a Rosetta é poliglota) a partir de mil milhões de frames de vídeo e imagens em tempo real.
Os memes (imagens, informações ou ideias que se espalham rapidamente pela Internet) têm cada cada vez mais adeptos nas redes sociais. Imagens com mensagens escritas que expressam ideias, piadas e estados de espírito estão na ordem do dia mas os conteúdos de ódio começaram a preocupar os responsáveis.
De recordar que, na semana passada, a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, teve de prestar declarações no Congresso americano sobre as políticas de moderação e de segurança que são colocadas em prática pela rede social mais famosa do mundo.
Só na Birmânia o Facebook já apagou 18 contas e 52 páginas associadas aos militares nacionais, na sequência da violência contra a minoria Rohingya. O Instagram também está abrangido por esta novidade.
Agora a Rosetta consegue ler as mensagens escritas nas imagens e vídeos, algo que não é propriamente novo no mundo da tecnologia, mas que se revela muito útil para a plataforma.
Um dos maiores desafios, explica o Facebook, prende-se com os diferentes tipos de mensagens, não só por haver linguagens que se escrevem da direita para a esquerda, mas também pelo formato e estilo (tipo de letra, tamanho, posições diferentes ou mensagens que se mexem).
A Rosetta, já online, está a extrair informação de mais de mil milhões de imagens e vídeos por dia mas enquanto não se revelar 100% eficaz a eliminar todo o conteúdo ofensivo e de ódio, o Facebook está a contratar mais de 20 mil humanos que possam rever o material publicado.
Fonte: Mashable