A maioria conhece a Rolls-Royce pelos seus icónicos carros de luxo, mas na aviação e aeronáutica esta marca britânica é conhecida pelos seus motores de turbina em inúmeros aviões comerciais. Na verdade, esta marca já está presente no mundo da aeronáutica desde o início da Primeira Guerra Mundial e atingiu um pico de popularidade durante a Segunda Guerra Mundial devido aos motores Merlin que alimentavam os famosos caças Spitfire e Mustang.
Recentemente a marca britânica deu um enorme passo no futuro da aviação com o primeiro voo do seu avião totalmente elétrico. O avião batizado como Spirit of Innovation completou um voo de 15 minutos no passado dia 15 de setembro.
Segundo a própria companhia este evento marca o início de uma longa e intensiva fase de testes para recolha de dados sobre o aparelho e sistema de propulsão. Infelizmente para a marca britânica, o voo já aconteceu um ano após a data original e após 6 meses de testes relativos a mobilidade terrestre.
O Spirit of Innovation é um avião monolugar que utiliza uma bateria com 6000 células que segundo a própria Rolls-Royce é a “bateria mais densa alguma vez montada numa aeronave”. Para além disso, a hélice de três pás é alimentada por um conjunto de três motores totalmente elétricos que possuem uma potência conjunta de cerca de 536 cavalos fazendo o avião capaz de atingir 480 km/h, em teoria.
A marca britânica também já está a trabalhar no seu próximo projeto em conjunto com uma fabricante de aviões de pequeno porte, a Tecnam. Desta vez o objetivo é a criação de um táxi aéreo, um avião capaz de transportar um número reduzido de passageiros em viagens de curta distância.
Esta já não é a primeira vez que a Rolls-Royce se junta a outra empresa para construir um avião elétrico, sendo que da última vez tanto a Siemens como a Airbus foram envolvidas e acabou por nascer o conceito do “E-FanX”, um avião comercial de médio porte com motores híbridos.
Apesar de os aviões elétricos ainda estarem na sua infância, são os esforços de empresas como a Rolls-Royce que conseguirão mudar o setor de mobilidade mais poluente da atualidade.
Fonte: Rolls-Royce
