A Inteligência Artificial (IA) tem sido um tópico quente nos últimos anos, com avanços significativos a serem feitos em várias áreas. Agora, investigadores da Universidade de Nova Iorque e da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona afirmam ter criado uma rede neuronal artificial capaz de raciocinar como a mente humana.
Este desenvolvimento é um marco importante na história da IA. No entanto, também levanta preocupações significativas. A possibilidade de a IA equiparar-se à mente humana pode significar a perda de múltiplos postos de trabalho no curto prazo e, a longo prazo, a alteração radical da humanidade tal como a conhecemos.
A Microsoft já tinha expressado preocupações semelhantes, alertando que o ChatGPT-4 estava a começar a raciocinar como um humano. Agora, estes investigadores afirmam ter desenvolvido a primeira IA que pensa como um ser humano.
A técnica desenvolvida pelos investigadores, denominada Meta-Aprendizagem Compositiva (MLC), treina uma rede neuronal com exemplos de comportamento humano, atualizando-se constantemente para continuar a aprender. Esta abordagem permite à IA aprender novos conceitos e relacioná-los com outros já existentes, da mesma forma que a mente humana o faria.
Para ilustrar a eficácia da sua rede neuronal artificial, os investigadores compararam os resultados desta com experimentos realizados com humanos. Os dados obtidos foram surpreendentes: enquanto os humanos conseguiram realizar uma generalização correta em 80% dos casos, a IA conseguiu-o entre 90% e 92% dos casos.
No entanto, a IA não é apenas capaz de aprender e raciocinar como um humano também é capaz de errar como um. Segundo os investigadores, a sua técnica de aprendizagem permite que a IA cometa erros de uma forma muito semelhante à humana.
Este avanço na IA é sem dúvida impressionante e poderá abrir portas para inúmeras aplicações práticas. No entanto, também levanta questões éticas e práticas significativas. A possibilidade de a IA equiparar-se à mente humana poderá ter implicações profundas na sociedade, desde a perda de empregos até à alteração da própria natureza da humanidade.
Na minha opinião, é crucial que continuemos a explorar o potencial da IA, mas também que estabeleçamos diretrizes claras e éticas para o seu uso. Devemos garantir que a IA é utilizada para melhorar a vida humana, e não para a substituir. O equilíbrio entre o avanço tecnológico e a preservação da dignidade e singularidade humanas é um desafio que teremos de enfrentar no futuro próximo.
Fonte: ElConfidencial