Reconhecimento Facial. Microsoft apela à criação de regulações governamentais

A Microsoft pediu publicamente na passada sexta-feira regulações governamentais à tecnologia de reconhecimento facial nos Estados Unidos da América. A empresa considera necessário criar regulamentos que estipulem aquilo que é permitido fazer com este tipo de tecnologia.

A tecnologia de reconhecimento facial tem levantado imensas questões éticas e existe o receio que os países ocidentais comecem a utilizar este tipo de tecnologia da mesma forma que alguns países asiáticos, em particular a China.

“Nós acreditamos que o Congresso deveria criar uma comissão bipartidária especializada para encontrar a melhor forma de regular o uso de tecnologia de reconhecimento facial nos Estados Unidos,” o presidente da Microsoft, Brad Smith, escreveu na publicação num blog.

Esta publicação surge num momento em que surgem questões relacionadas com a utilização desta tecnologia no país, sobretudo no que concerne a parcerias entre empresas privadas e a polícia. Em maio, diversos grupos de direitos civis pediram à Amazon que parasse de fornecer serviços de reconhecimento facial a governos, sublinhando que este tipo de software poderia ser utilizado para abusos de autoridade e para descriminações contra imigrantes ou minorias.

Um grupo de trabalhadores da Amazon escreveu uma carta aberta à administração da empresa pedindo que estas prestações de serviços a governos parassem.

Poderemos confiar na auto-regulação das empresas?

O presidente da Microsoft parece pouco confiante em relação à capacidade das empresas auto-regularam este tipo de tecnologia. Smith diz apreciar estes apelos às empresas para que tomem decisões correctas em relação ao reconhecimento facial, mas considera que é mais sensível pedir aos governos legitimamente eleitos para regularem a tecnologia.

“A tecnologia de reconhecimento facial coloca questões que vão directos ao coração das protecções aos direitos humanos fundamentais, como são a privacidade e a liberdade de expressão,” escreveu o presidente da Microsoft.

O caso das cidades chinesas

Nas principais cidades chinesas, é já prática comum a utilização de reconhecimento facial nas câmeras de vigilâncias das ruas. Este tipo de utilização tem uma oposição forte por parte de grupos de direitos humanos ocidentais que querem evitar a sua implementação.

Fonte: Reuters

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