Rainbow Six Siege: Análise ao Year 5

O quinto ano de vida de Tom Clancy’s Rainbow Six Siege iniciou-se oficialmente com o lançamento da mais recente atualização, “Operation Void Edge”, que marca a décima sétima “Operation” no jogo.

Como de costume, acontece sempre em fevereiro a “Six Invitational”, um evento de final de ano de jogo, que decorre em Montreal e conta não só com a presença de um campeonato de “Pro League” mas também com diversas atividades em torno do jogo, incluindo a prévia do ano que se segue; este a ano a Ubisoft decidiu lançar não só o “Roadmap” ou calendário, do Year 5 mas também o do Year 6.

“Roadmap”

O “Roadmap” do quinto ano revelou algumas diferenças em cada Season quando comparado a anos anteriores, para o desânimo de muitos este ano trará menos dois Operators (as personagens com que se joga no multi-jogador) do que os 8 habituais, para os fãs portugueses isto também significa mais um ano sem nenhum personagem de nacionalidade portuguesa, visto que o calendário traz as nacionalidades dos Operators. Além disso o novo ano não incluí novos mapas, apenas “reworks”(versões modificadas) de mapas já existentes. No entanto o estúdio em Montreal anunciou que cada temporada terá modos de jogo temporários chamados de “Arcade” tal como aconteceu já este mês de Março que contou com o modo de jogo Golden Gun.

Operation Void Edge:

Operators

Lançada no início de março a primeira temporada do quinto ano contou com dois novos Operators: Iana (atacante), uma holandesa com albinismo proveniente da agência espacial fictícia “REU” cujo o “gadget” de assinatura (Gemini Replicator) é um holograma controlado remotamente através de uma luva icónica e lentes de contacto que serve não só para recolha de informação sobre o inimigo mas também para o confundir e atrapalhar. Esta Operator adequa-se a todos aqueles cujo Modus Operandi seja atrapalhar o adversário ou até mesmo aqueles jogadores que já usavam a Operator Alibi, sendo o gadget desta um holograma estático usado na defesa. Por outro lado temos Oryx (defensor), proveniente da Jordânia é o segundo Operator que possuí uma habilidade de assinatura(sendo a primeira a Caveira, uma Operator Brasileira do Year 1) ao invés de um “gadget”. A habilidade de nome Remah Dash permite a Oryx realizar um sprint rápido capaz de partir barricadas ou mesmo paredes de contraplacado, perdendo 10 pontos de saúde ao fazê-lo nesta última superfície, além disso consegue subir por alçapões abertos apenas com a pura força das pernas. Este Operator ainda não foi explorado ao máximo pois é bastante recente e introduz uma nova maneira de jogar, mas isso não significa que não proporcione umas boas rondas cheias de gargalhadas entre amigos. Iana por outro lado é uma favorita pessoal ao ponto de a usar imenso no modo “Ranked”.

As armas de ambos os Operators são recicladas de outros o que apesar de ser bastante criticado acaba por trazer um  maior equilíbrio de jogo, apesar do estúdio da Ubisoft ter a possibilidade de adicionar novas animações de recarga de armas como aconteceu na “Operation Phantom Sight” (segunda temporada do Year 4), isto seria visto como uma ótima adição ao jogo para evitar tanta monotonia entre temporadas.

Mapa “Oregon”

O “rework” do mapa Oregon traz um visual fresco ao mapa, tanto o novo visual como o antigo aparentam ter semelhanças com o “Mount Carmel Center” em Waco, Texas que servia de base ao culto dos “Davidians”. O novo visual dá uma sensação mais rústica característica do interior americano, que é sempre bem-vindo com uma seleção de cores mais variada. Mas não é apenas a nível de texturas mas também a nível de arquitetura, existindo agora novas passagens que melhoram o deslocamento melo mapa com menor probabilidade de deteção pela equipa adversária e acaba por não deixar certas salas taõ desertas como acontecia no mapa original. Certas divisões icónicas também foram bastante tralhadas, como é o caso da conhecida ponte que faz a travessia entre os dormitórios e a torre principal que agora tem uma abertura de lado o que não a deixa isolada e com o único ponto de entrada resumido a um escadote a partir do andar de baixo, outra divisão com o mesmo exemplo é a lavandaria situada na cave que agora foi dividida em duas salas para proporcionar um ambiente mais fechado e oferecer mais cobertura a ambas as equipas durante os tiroteios, além disso o icónico alçapão que se situava mesmo por cima da divisão foi movido para um canto para proporcionar um jogo mais equilibrado.

Arcade

O novo modo “Arcade” a meio de Março foi uma ótima adição ao jogo apesar de decorrer apenas por uma semana. No modo jogava-se o “Golden Gun”, este modo tinha uma seleção reduzida de Operators tanto para o ataque como para a defesa, sendo que não faria sentido a presença de todos os existentes de momento. O jogo consiste em todos usarem uma única arma a Desert Eagle.50 conhecida no jogo como D50 com uma textura e entalhes dourados que elimina qualquer um com apenas uma bala, que é exatamente isso  que está no carregador. Ganha a equipa que não for eliminada ou que capturar área do contentor biológico (biohazard container). O jogo decorreu no novo “rework” do mapa Oregon como forma de deixar os jogadores a conhecê-lo melhor. No entanto a animação de recarga da D50 neste modo de jogo suscita dúvidas; a animação em si é algo bem concebido; o personagem retira o carregador vazio, gira a arma sobre si e insere o carregador novo fazendo depois deslizar a corrediça tornando a pistola pronta a disparar.

Mas qual é a razão para a Ubisoft criar este tipo de conteúdo único para eventos de tempo limitado (como também foi o caso do gigantesco evento “Outbreak” em Março de 2018) que após os eventos aos quais é dedicado não chega a ser mais utilizado? Esta pergunta está presente em toda a comunidade já à muito tempo.

Battle Pass

Foi implementado pela primeira vez na terceira temporada do Year 4 como uma prévia do que o futuro reservava, agora o Battle Pass está mesmo aqui e a linha premium deste pode ser adquirido por 1200 “R6 Credits” (15€) na loja do jogo. Apesar de trazer histórias de origem sobre alguns Operators e algum contéudo exclusivo, é de momento o concorrente mais fraco no que toca a esta categoria no mercado, traz menos “tiers” e pouco conteúdo temático face o preço que custa.

Veredito

O Year 5 de Rainbow Six Siege promete continuar a manter o jogo com contéudo único, criativo e com uma regularidade constante em relação a outros jogos do género presentes no mercado. O jogo em si afasta-se agora um pouco do género original que era a sensação de combate tático que oferecia, mas também o torna cada vez um adversário mais forte a outros jogos “FPS” de topo. A “hit detection” ainda precisa de ser corrigida mas não impede o jogo de oferecer uns momentos de gargalhadas entre amigos em “Quick Match” ou um ambiente intenso e competitivo em “Ranked”.

Tom Clancy’s Rainbow Six Siege é certamente um jogo para criar alguns momentos inesquecíveis mas também capaz de criar alguns de grande amargura. Por agora, “Operation Void Edge” promete ainda estar só a começar este quinto ano de vida do jogo e já nos deixa à espera da próxima temporada.

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