Quer saber quanto custa fabricar um iPhone SE?

O iPhone SE foi lançado na passada semana pela Apple. Um iPhone 6s que vive dentro da carcaça de um iPhone 5s é a melhor definição para este novo equipamento. O preço a que é proposto no mercado está em rota de colisão com os equipamentos Android de média e alta gama. Este é o iPhone que as massas há muito pediam: preço acessível e equipamento potente sem um ecrã exageradamente grande.

Mas este não é o principal fator de risco dos concorrentes com Android. O novo iPhone SE é perigoso noutros pontos. De acordo com estudos, a Apple conseguirá um encaixe financeiro simpático com os resultados de vendas do iPhone SE. No ano passado vendeu 30 milhões de dispositivos com ecrãs desta dimensão e que não contavam com especificações de mais recente geração. Ou seja o iPhone SE veio inaugurar um nicho que até aqui não existia ao oferecer a mesma performance dos modelos 6s.

Com um custo em peças de apenas 156 dólares e menos de 4 dólares de mão de obra, o cada iPhone SE gerará entre 239 e 328 dólares de lucro para a Apple. Multiplicando estes valores pelas dezenas de milhões que irão ser vendidas a Apple garantirá um estofo financeiro muito confortável.

Em contraste com os fabricantes de telefones Android que vendem dispositivos baratos a preço de custo a Apple tem vantagem, já que garante enormes lucros através de um iPhone barato.

Segundo a IHS as peças mais caras do iPhone SE são o ecrã (20 dólares), o processador A9 (22 dólares) e o modem wireless (15 dólares). A bateria por seu turno tem um custo de apenas 2,15 dólares.

Este corte nos custos por parte da Apple não teve reflexos na qualidade de fabrico. Para fornecimento de ecrãs a Apple recorre a três fornecedores diferentes: Japan Display, LG Display, e Sharp.

Partindo do princípio de que estes números são precisos, conseguimos ter uma ideia antecipada da linha que deverá ser seguida pela Apple em termos de preços para os próximos anos. O programa de ‘reciclagem’ e reaproveitamento de componentes desenvolvidos dentro de portas pela Apple nunca foi seguido por nenhum fabricante de smartphones Android.

Fonte: Fortune