O mercado de smartwatches, ao que tudo indica, não dá sinais de estar a abrandar a dinâmica ascendente tão cedo – na verdade, ele está em pleno crescimento.
A Strategy Analytics estima que as remessas de smartwatches cresceram espantosos 47% ano a ano no segundo trimestre de 2021, com 18,1 milhões de wearables sendo enviados nesta primavera. A demanda (pelo menos dos lojistas) voltou aos “níveis pré-pandêmicos”, de acordo com o analista Steven Waltzer – não tem estado tão “quente” desde 2018.
A Strategy Analytics atribuiu o aumento à demanda contínua por dispositivos pessoais de saúde. Não está claro o quanto a recuperação da pandemia fomentou a demanda, embora não fosse surpreendente se o renovado interesse em sair de casa gerasse vendas extras.
Não foram apenas as empresas usuais que se beneficiaram do aumento. A Apple manteve uma confortável liderança com 52% do mercado e o smartwatch individual mais popular (o Apple Watch Series 6), e a Samsung viu suas vendas aumentarem 54%. Os relógios voltados para fitness da Garmin ainda aumentaram 25%, e “outros” (incluindo Fossil e outros patrocinadores do Wear OS) viram suas remessas subir 55%. Esse era um mercado geral forte, mesmo para marcas menores.
Há sinais de que esse pico vai continuar. O Apple Watch Series 7 pode atingir volumes de procura ainda maiores enquanto se escreve este artigo, e o Galaxy Watch 4 da Samsung com o Wear OS pode revitalizar as vendas de smartwatches Android.
Smartwatches LTE de baixo custo de marcas chinesas como Oppo e Xiaomi também podem contribuir para este aumento, de acordo com os analistas. Este impulso provavelmente vai perdendo intensidade, no entanto é improvável que desapareça num futuro próximo.
