Primeiro teste de uma bateria na Lua

Face à preocupação e desafio de armazenar energia fora da terra, a iSpace, uma startup Japonesa, quer ser a primeira a testar uma bateria na Lua em 2021. Bateria essa que ainda está em desenvolvimento.

 Com esta inovação tecnológica que se está a fazer sentir, e com a missão de encontrarmos novas fontes de energia para novos habitats fora do nosso planeta, torna-se necessário encontar uma solução de armazenamento para alimentar as máquinas, robôs e outros equipamentos eletrónicos na superfície lunar. A energia solar é uma boa opção, mas a noite lunar é longa e dura ao equivalente a duas semanas terrestres. Sem sol durante este tempo e com temperaturas negativas de -175ºC, simples painéis solares não conseguem captar e armazenar energia. Para o sucesso da exploração lunar, tornou-se vital tentar encontrar algo que consiga suportar oscilações de temperaturas e manter a energia com eficiência, como uma bateria.

Mas não poderá ser uma bateria de Iões de Lítio, que é altamente inflamável devido ao líquido que contém que se chama eletrólito, que tem por função ajudar a mover as partículas carregadas com o nome de iões, de um lado da bateria para o outro. Em contato com temperaturas altas é muito provável que os eletrólitos causem uma explosão e em temperaturas muito baixas, simplesmente congela e desliga.

Terá de ser uma bateria em estado sólido, em que o eletrólito aqui é um material sólido e foi concebido para ajudar no movimento dos iões e que torna a bateria mais compacta, e supostamente carrega mais rapidamente e armazena mais energia. Suportará bem as oscilações extremas de temperatura de 127ºC com luz solar e -175ºC durante a noite. Não há o perigo de explosão mas em temperaturas negativas extremas poderá carregar mais lentamente. Mas resistem e conseguem manter a energia ao contrário do que aconteceria com as baterias de Lítio.

A bateria terá o nome de Moon e será fabricada no Japão pela empresa NGK Spark Plug. Ainda não se conhece as especificações concretas da bateria mas já se sabe que o seu eletrólito será de cerâmica. O deconhecido aqui será saber qual a duração e quantas vezes poderá carregar, que no espaço terá de durar mais do que aqui na terra. Essa foi uma das razões por não terem sido comercializadas na Terra. As baterias no estado sólido de momento só teriam a duração de 18 meses na terra.

Enquanto não houver baterias no estado sólido, as baterias de íons de lítio são utilizadas a bordo da Estação Espacial Internacional mas são concebidas para nao comprometerem a segurança dos astronautas.

Veremos o que acontece quando a bateria de estado sólido da NGK for para o espaço e, pelo menos, alguns anos antes disso. A ispace planeja lançar sua primeira missão — um orbital lunar — a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 2020 e, se a missão for bem sucedida, a empresa lançará um lander e um rover (que carregará a bateria) em outro Falcon 9 em 2021.

Fonte: The Verge

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