Portugal pode vir a colaborar com os Estados Unidos depois do ciberataque contra as Forças Armadas

Os Estados Unidos podem vir a colaborar com Portugal no campo da cibersegurança. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, João Gomes Cravinho, a proposta surgiu depois do ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas que expôs documentos da NATO.

O ministro português esteve reunido com o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, e com o secretário de Estado, Antony Blinken.

“Nós tivemos a oportunidade de falar brevemente [sobre o ciberataque] com Jake Sullivan e um pouco mais com Antony Blinken. Os ânimos estão muito serenos, até porque, como sublinhava Blinken, de maneira muitíssimo sincera, isto é um campo em que estamos todos a aprender. Temos todos vulnerabilidades e temos de nos apoiar uns aos outros”, disse João Gomes Cravinho.

O Ministério Público abriu esta semana um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na darkWeb, indicou a Procuradoria-Geral da República.

O Governo português foi informado da situação pelos serviços de informações norte-americanos, por intermédio da embaixada em Lisboa, através de uma comunicação que terá sido feita diretamente ao primeiro-ministro, António Costa, em agosto passado, depois de ciberespiões norte-americanos terem dado conta da situação.

Na altura, o Ministério da Defesa Nacional disse estar a averiguar “todos os indícios de potencial quebra de segurança informática”.

“Acho que o momento não poderia ser melhor para encetarmos conversas sobre tantas questões vitais, começando, é claro, com a agressão russa à Ucrânia, mas passando para as muitas outras questões que aproximam os Estados Unidos e Portugal, como a NATO”, disse Blinken.

Entretanto, Portugal reafirmou o seu compromisso “total” com a NATO para cumprir sempre as resoluções da Aliança quando necessário.

“Em nome do povo português, reafirmo o total empenho de Portugal como membro da NATO, como fundador da NATO, onde e quando for necessário”, disse o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa durante a cerimónia comemorativa do 20.º aniversário do Centro Conjunto de Análise e Lições Aprendidas da NATO.

Fonte: Herald News

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