Portugal está atrasado no 5G, afirma Andrés Vicente

Andrés Vicente, CEO da Ericsson Iberia, salientou a importância da nova geração móvel para o mercado nacional, com o grupo a estimar que poderá representar um crescimento de até 10% do PIB até 2030. “O momento de Portugal investir em força no 5G é agora e o país não pode perder esta oportunidade única para a recuperação económica e social e para a sustentabilidade”, disse em nota enviada à imprensa, depois de ter estado em Portugal.

A Europa está atrasada no 5G face a mercados como à América do Norte e Sudeste Asiático quanto à implantação da Banda Média de 5G, mas o país está ainda mais atrasado que a generalidade dos congéneres europeus“, acrescenta.

Andrés Vicente focou a sua mensagem em três grandes tópicos: a implementação e adoção do 5G, o papel do 5G para o Plano de Recuperação e Resiliência e a cibersegurança. No que respeita ao primeiro, e destacando o atraso europeu, garante que a Ericsson, como empresa líder em vetores como a sustentabilidade, inclusão e tecnologia, oferece condições para estimular o investimento privado, acelerar decisões e ampliar investimentos.

Assim, e tendo em conta o caso português, destaca que o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) é uma grande oportunidade para a recuperação da economia portuguesa, tendo em conta os pilares definidos – Resiliência, Transição Climática e Transição Digital. Mostra-se convicto de que “a digitalização pode desempenhar um papel decisivo no crescimento económico do país e que o 5G é uma oportunidade única para mitigar as divisões estruturais e liderar a transição digital e verde na Europa, em parceria com a indústria, para assim maximizar os seus objetivos e garantir a execução dos fundos”.

Andrés Vicente defende ser crucial alocar investimento adicional para a introdução do 5G em diferentes setores, como a Indústria 4.0 ou os portos, e garantir uma boa cobertura 5G (banda baixa e banda média) em todo o país, de forma a aumentar a coesão de território, para além de potenciar a digitalização em infraestruturas-chave, como as autoestradas e ferrovias. O especialista acredita que é importante conseguir garantir um investimento de 20% do setor público e de 80% do setor privado nas novas redes.

Andrés deixa claro que “o 5G será o sistema nervoso central da sociedade e da economia. Tudo vai depender dele“, lembrando que é fundamental estar-se atento às questões de cibersegurança.

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