Portugal baniu empresas chinesas do 5G. Estados Unidos aplaudiram

A Embaixadora dos Estados Unidos, Randi Charno Levine, mostrou-se satisfeita com a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança que excluiu a Huawei do 5G, a par da utilização de equipamentos de fabricantes chineses nas redes de 5G. A decisão, enviada em comunicado à imprensa, obriga à remoção dos já existentes num prazo de cinco anos, alinhada com uma reivindicação antiga de Washington.

A deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança foi também divulgada no website do Gabinete Nacional de Segurança e determina “a exclusão” dos equipamentos considerados de “alto risco” não apenas da rede principal como também dos sistemas de gestão, das redes de acesso via rádio, das redes de transmissão e de transporte e dos sistemas de interligações entre redes.

Levine congratulou-se pela longa amizade entre os dois países e sublinhou a necessidade de reduzir o risco de exposição ao país, que norteia a política externa americana liderada por Antony Blinken. De recordar que, há três anos, Portugal adotou o “Cybersecurity of SG networks: EU Toolbox of risk mitigating measures”.

Há vários anos que os Estados Unidos pedem que Portugal avance com uma medida já adotada por outros países, embora sem a mesma abrangência. A Huawei entrou para a “lista negra” americana em maio de 2019, pela mão do então presidente Donald Trump, com a justificação, sempre negada pela tecnológica chinesa, de que era usada para atividades de espionagem por Pequim. Washington ameaçou deixar de partilhar informação confidencial caso as redes 5G fossem construídas com equipamentos de empresas chinesas.

A pressão aumentou a partir do momento que Pequim se aproximou de Moscovo após a invasão da Ucrânia e os Estados Unidos apontaram a China como o seu grande adversário estratégico no plano económico, político e militar. Em janeiro, o presidente Joe Biden, anunciou que ia deixar de conceder licenças às empresas americanas para exportarem tecnologia para o gigante chinês das telecomunicações.

A União Europeia também tem demonstrado preocupação em relação à segurança das redes 5G.

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