Depois de também a Nova Zelândia ter banido a instalação da plataforma social chinesa TikTok em smartphones oficiais dos membros do parlamento, Portugal está a redobrar as atenções para com a rede social, mas ainda não tomou uma posição, de acordo com declarações do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) em nota enviada à imprensa.
Este organismo afirma que tem vindo a fazer recomendações de boas práticas relativas à utilização de redes sociais e que disponibiliza um conjunto de instrumentos para sensibilizar os utilizadores dos riscos inerentes a “curto, médio e longo prazos para o utilizador”, mas que também existem no uso de outras redes sociais.
O TikTok, segundo o CNCS, oferece uma experiência de utilização cada vez mais dependente quer do acesso a dados, quer a funcionalidades dos próprios dispositivos, “em muitos casos sem que o próprio utilizador se aperceba”.
De recordar que o Centro tem cursos como o de Cidadão Cibersocial, que permite conhecer melhor as redes sociais e os seus riscos, bem como “as melhores práticas para mitigar esses riscos”.
O Governo considera que a promoção de um uso seguro das ferramentas digitais em contexto profissional e em funções públicas, seja na Administração Pública, seja nas empresas, deve ser feito através da sensibilização dos utilizadores para os riscos que decorrem do “uso de aplicações que proporcionam uma experiência de utilização cada vez mais dependente do acesso, não só a dados, mas também a funcionalidades dos próprios dispositivos, em muitos casos sem que o próprio utilizador disso se dê conta”.
Assim, as entidades governamentais portuguesas acreditam que a atenção deve estar focada não na proibição, mas na informação do utilizador sobre os melhores comportamentos de utilização de equipamentos e serviços.
A desinformação é considerada, pelo Centro Nacional de Cibersegurança, um problema que vai muito além dos media e que chega amplamente pelas redes sociais.
