O grupo liderado pelos professores Mara Faccio e John J. McConnell da Escola de Gestão Krennart da Universidade de Purdue (EUA) relacionaram o jogo de Realidade Aumentada Pokémon Go com um conjunto de mais de 100.000 acidentes de trânsito.
O jogo de realidade virtual propõe a descoberta e ‘caça’ de novos monstros com recurso ao smartphone. O jogador deve estar atento ao ambiente que o rodeia para detetar e caçar novos animais. Com a popularidade em crescendo, houve quem o tentasse fazer durante a condução de automóveis ou mesmo bicicletas, o que teve resultados perigosos.
Faccio e McConnell tiveram partiram do conjunto de dados que davam conta do aumento do número de acidentes nas estradas e de consequentes vítimas mortais. O estudo demorou 18 meses e relaciona de forma direta as distrações com o smartphone quando foi a causa direta do acidente.
No estudo foram apenas contabilizados 12.000 acidentes ocorridos em Tippecanoe no Indiana (EUA), entre 1 de março de 2015 e 30 de novembro de 2016. Os resultados finais foram depois extrapolados para outros locais.
Segundo as conclusões do estudo a probabilidade de um acidente a menos de 100 metros de uma das ‘PokéStop’ crescia em 26,5% nos 148 dias após o lançamento quando comparado com dados anteriormente registados. Os danos nos veículos causados ascenderam ainda a 498.567 mil dólares, aumento de 22% no total dos danos dos veículos daquela região entre 1 de março de 2015 e 6 de julho de 2016.
Ou seja, o jogo poderá ter causado mais 145.632 acidentes desde que foi lançado, aumentando o número de lesões em 29.370 pessoas e causando mais de 256 mortes. A relação com os custos poderá ascender a um impacto entre 2 mil milhões e 7,3 mil milhões de dólares em todos os EUA, no período de maior popularidade do Pokémon Go.
