O leão rugiu mais alto. A Peugeot encerrou o mês de outubro como a marca automóvel mais vendida em Portugal, tanto nos veículos de passageiros como nos comerciais ligeiros, consolidando uma posição que vem mantendo ao longo de 2025. Numa altura em que a indústria automóvel atravessa uma transição acelerada para a eletrificação, a marca francesa mostra que continua a compreender o mercado nacional — e a adaptar-se melhor do que ninguém.
Com 2.046 veículos vendidos em outubro, a Peugeot superou toda a concorrência. Deste total, 1.608 foram veículos de passageiros e 438 comerciais ligeiros, garantindo uma vitória clara nas três frentes: mercado de passageiros, comerciais e global (VP + VCL). É o tipo de resultado que não acontece por acaso — é fruto de uma estratégia consistente e de uma gama muito bem afinada para as necessidades dos condutores portugueses.
Uma liderança construída ao longo do ano
O desempenho de outubro apenas reforça uma tendência que já se vinha desenhando desde o início do ano. Entre janeiro e outubro de 2025, a Peugeot soma 23.594 unidades vendidas no mercado nacional, o que corresponde a uma quota de 11,1%.

Este número impressionante divide-se em 18.950 veículos de passageiros (10,1% de quota) e 4.644 comerciais ligeiros (18,1%). Em ambas as frentes, a marca mostra uma solidez que poucas conseguem replicar. Ou seja, não é apenas uma questão de vender muito — é vender bem em todos os segmentos, com produtos equilibrados, fiáveis e competitivos.
O segredo? Uma gama completa e adaptada a Portugal
Quando se fala em sucesso da Peugeot no mercado nacional, há dois nomes que merecem destaque imediato: o Peugeot 2008 e o Peugeot Partner.
O primeiro continua a ser o automóvel mais vendido em Portugal em 2025, com 6.674 unidades registadas até ao momento. O SUV compacto combina design apelativo, dimensões equilibradas para cidade e estrada, e uma gama de motorizações que inclui versões 100% elétricas e híbridas. É, por isso, o carro certo para um país que vive entre o trânsito urbano e as viagens de fim de semana.
Já o Peugeot Partner representa a alma prática da marca. Produzido na fábrica de Mangualde, é um exemplo de engenharia e produção nacional que continua a conquistar empresas e profissionais. Em 2025, o Partner mantém-se o furgão mais vendido em Portugal, com 3.783 unidades comercializadas — um resultado que reforça o peso económico do modelo “Made in Portugal”.
O avanço elétrico da Peugeot: pragmático, não ideológico
Outro fator que explica o sucesso da marca é a sua capacidade de crescer na mobilidade elétrica sem alienar quem ainda precisa de motores térmicos. A Peugeot é hoje a marca generalista líder em veículos 100% elétricos (BEV) em Portugal, tanto em automóveis de passageiros como em comerciais ligeiros.
Só em outubro, foram 364 unidades elétricas vendidas — 320 veículos de passageiros e 44 comerciais ligeiros. E se olharmos para o acumulado de 2025, o número é ainda mais expressivo: 3.883 veículos elétricos vendidos, dos quais 3.373 correspondem a automóveis de passageiros.
Nos comerciais ligeiros elétricos, a marca detém 19% de quota de mercado (510 unidades), com um crescimento de 21,7% face ao ano anterior. Isto mostra que o caminho da eletrificação está a ser feito com consistência e sem pressas artificiais — com tecnologia acessível e uma rede de apoio consolidada.
O 2008 e o Partner: duas faces da mesma moeda
Se o Peugeot 2008 simboliza o lado emocional da marca — estilo, inovação e prazer de condução —, o Partner traduz o lado racional e funcional. Um é líder nas famílias e condutores particulares; o outro, nas pequenas empresas, nas frotas e nos profissionais que precisam de fiabilidade acima de tudo.

Ambos partilham a mesma filosofia: eficiência sem complicações, design moderno e valorização no tempo. Não é coincidência que o sucesso de um SUV urbano e de um furgão comercial coexistam sob o mesmo emblema. É sinal de uma marca que entende o seu público em diferentes contextos.
Peugeot em Portugal: uma história de confiança
O caso da Peugeot no nosso país vai muito além de números mensais. A marca tem vindo a reforçar a sua ligação à indústria nacional, ao empregar centenas de pessoas em Mangualde, e ao apostar na transição energética com pragmatismo.
Para o consumidor português, esta presença local traduz-se em assistência técnica próxima, disponibilidade de peças e uma rede sólida de concessionários. Tudo isto reforça um sentimento de confiança que, no momento de comprar um carro — novo ou de frota —, pesa tanto quanto o preço ou a ficha técnica.
O futuro imediato: eletrificação e consistência
Com a nova geração de modelos elétricos e híbridos plug-in a chegar em 2026, a Peugeot parece preparada para manter a liderança. A aposta em veículos com design arrojado, interiores tecnológicos e motorizações diversificadas (gasolina, diesel, híbrido e elétrico) é o caminho certo para um mercado português que valoriza eficiência, versatilidade e estilo.
A meta agora é clara: consolidar a liderança total e expandir a fatia elétrica, mantendo o equilíbrio entre inovação e rentabilidade. E, pelos vistos, o público português continua a responder ao rugido do leão.


































