Pesquisas da Google estão mais inteligentes com o Knowledge Graph

A Google introduziu um novo sistema de pesquisas no seu motor de busca. A procura de informações está agora mais objetiva e mais significativa, transformando o Google Search numa ferramenta de conhecimento.

O maior motor de busca mundial deixa simplesmente de mostrar apenas informações e resultados «frios» dos termos que são pesquisados, para passar a mostrar um produto inteligente e que se adapta melhor à procura que o utilizador faz. O Google Search deixou de ver as palavras como meros termos algorítmicos de pesquisa, reconhecendo agora as «coisas» tal como elas são: uma pessoa, uma cidade ou uma empresa que se enquandram em determinados contextos. Para muitos este é considerado o primeiro grande passo da Web semântica, aquela que consegue perceber os elementos dentro de determinado contexto. A Google preferiu chamar-lhe Knowledge Graph.

Em tradução livre, o Grafo do Conhecimento funciona como uma grande teia que consegue estabelecer relações históricas, temporais e sociais entre diferentes termos – tal como os humanos fazem. Ao falar em Paris um utilizador pode estar a referir-se apenas à capital de França, ou à cidade em si, ou até a algum tipo de empresa que tenha o mesmo nome. Com o novo sistema de pesquisas, ao digitar Paris no Google Search, no lado direito da página de resultados irá aparecer uma descrição da cidade como se de um perfil se tratasse: nome, localização, número de habitantes ou custo do nível de vida. Depois, logo abaixo, aparecerão outros resultados que podem interessar para a pesquisa do utilizador, como outras capitais europeias, nomes de equipas desportivas da cidade, monumentos parisienses ou mais informações sobre a França. Este é o tipo de relações que o Google será capaz de mostrar.

As informações relacionadas já são utilizadas por outro tipo de empresas: o Facebook a sugerir amigos, a Amazon a sugerir que outros produtos se compraram parecidos com aquele que o utilizador procura, e até a própria Google que direciona as suas publicidades tendo em conta os conteúdos onde se insere. A grande diferença do Knowledge Graph está na «consciência» que o próprio sistema tem na hora de apresentar resultados – ele percebe o que é procurado, não se limita a fazer um jogo entre palavras semelhantes. Segundo Ben Gomes, líder técnico no setor de pesquisas da Google, os resultados disponíveis com o novo sistema ajudam a pessoa a pesquisar melhor e mais rápido o assunto pelo qual foram procurar. “É um passo crítico para criar uma nova geração de pesquisa que explora a inteligência coletiva da Web e compreende o mundo um pouco como as pessoas o compreendem», refere Amit Singhal, vice-presidente das pesquisas Google.

O Knowledge Graph apesar de não ser infalível, aprende com os erros e com os resultados positivos que vai acumulando. Se for sugerido ao utilizador determinado conteúdo que nada tem a ver com o verdadeiro motivo da pesquisa, o motor de busca ficar mais inteligente e da próxima vez que alguém fizer a mesma pesquisa vai ter em conta o erro que já cometeu. O Google Search vai ainda recolher dados das utilizações corretas para tornar as suas sugestões ainda mais precisas – e não, não é uma violação da privacidade dos utilizadores. O sistema também será capaz de sugerir desambiguações caso o termo pesquisado não seja muito específico.

A atualização no modelo de busca apenas está disponível para já nos EUA e Reino Unido em qualquer dispositivo que aceda ao Google.com . Prevê-se que nos próximos dias fique disponível um pouco por todo o mundo. Como é habitual a Google preparou um vídeo onde explica as principais novidades no serviço de pesquisas:

httpv://www.youtube.com/watch?v=mmQl6VGvX-c

A Google tem a informação e agora tem o conhecimento. Com o Knowledge Graph os humanos passam a ser compreendidos pelas máquinas.

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