Passos Coelho defende “moderação salarial”

Pedro Passos Coelho
O Primeiro Ministro voltou a afirmar que o Governo não pretende reduzir os salários aos portugueses

Pedro Passos Coelho voltou ontem a refutar a ideia avançada por António Borges. O Primeiro Ministro diz que o Governos se recusa a “reduzir nominalmente os salários” mas defende que existe a necessidade de uma ” moderação salarial em Portugal”.

O Primeiro Ministro já tinha defendido a sua posição contrária à de António Borges. Em declarações aos jornalistas em Belém, Passos Coelho disse que não tencionava mexer nos salários nacionais e ontem voltou a reformar a sua afirmação dizendo que não vai “fazer nenhuma discussão pública à volta de opiniões do professor António Borges.

Após lamentar terem-no questionado três vezes sobre um assunto que já tinha comentado, Passos Coelho disse ainda que “o professor António Borges tem prestado colaboração ao Governo em matérias muito específicas, que são do conhecimento público”, e sublinhou: “Respondo pelo Governo e, pelo Governo, julgo que fui muito claro.”

António Borges afirmou há dias que é necessário reduzir com urgência os salários dos portugueses ao que Pedro Passos Coelho respondeu sempre que não se tal não fazia parte das intenções do Governo: “Não está na intenção do Governo apresentar nenhum plano que reduza nominalmente os salários em Portugal”, dizendo ainda que os congelamentos dos salários da função pública e das pensões assim como o corte dos subsídios foram decisões difíceis de tomar.

O Primeiro Ministro afirmou ainda que “O Governo fez a toda a comunidade um convite à moderação salarial. É importante a moderação salarial em Portugal para que o nosso processo de ajustamento externo se possa fazer de uma forma bem sucedida. E isso tem estado a acontecer.”

Em tom positivo, Passos Coelho diz que Portugal surpreendeu no que toca à correção da conta externa. “Portanto, o Governo não está a preparar novas medidas nesta matéria, e aquelas [medidas] que as empresas têm vindo voluntariamente a adoptar têm produzido já um resultado muito positivo na nossa conta externa, pelo que não há necessidade de estar a insistir nesse tópico”, conclui.

 

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