Os avanços tecnológicos na área da Inteligência Artificial (IA) têm sido um tema cada vez mais presente na agenda política internacional. Recentemente, legisladores da União Europeia (UE) chamaram a atenção para a necessidade do controlo sobre o desenvolvimento de IA mais avançada, incluindo tecnologias como a ChatGPT.
A posição dos parlamentares europeus ecoa a mensagem da carta aberta elaborada por Musk e seus colegas, enfatizando a necessidade de ações políticas para garantir o uso seguro e responsável de tecnologias que possam impactar a sociedade de forma significativa.
A China, por sua vez, também tem tomado medidas para gerir serviços de IA generativa e estabelecer medidas de responsabilização para esses sistemas tecnológicos. Essas ações são especialmente relevantes num momento em que o país tem sido criticado internacionalmente pelo uso de tecnologias de vigilância e controlo social, muitas vezes baseadas em algoritmos de IA.
A administração do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também tem se mostrado comprometida em abordar a questão da regulamentação da IA. Recentemente, o governo Biden anunciou planos para investir US$ 250 milhões em pesquisa e desenvolvimento de IA responsável.
Nesse contexto, a UE antecipou-se e propôs regras para a IA, com o objetivo de classificar as ferramentas de IA de acordo com seu nível de risco. Essa proposta, conhecida como AI Act, está atualmente em fase de revisão e discussão pelos países membros da UE e pelos órgãos responsáveis pela regulamentação do setor.
A IA tem o potencial de transformar profundamente a sociedade, permitindo avanços significativos em várias áreas, como saúde, educação e segurança pública. No entanto, o uso irresponsável ou mal-intencionado dessas tecnologias pode gerar graves consequências, como a perpetuação de preconceitos e estereótipos, violações de privacidade e mesmo violações dos direitos humanos.
Por isso, é fundamental que governos, empresas e a sociedade em geral se mobilizem para garantir que a IA seja utilizada de forma segura, justa e responsável. O debate em torno da regulamentação da IA é parte desse processo, e é essencial que todas as partes interessadas possam contribuir para a elaboração de soluções que levem em conta as implicações éticas e socioeconômicas dessas tecnologias.
Fonte: Reuters