Página de Instagram mostra o lado pouco simpático das apps de namoro

Alexandra Tweten criou uma página de Instagram onde está a tornar público o lado nada simpático, o do assédio, que vem na sequência da inscrição em aplicações de encontros.

Essencialmente, a utilizadora quer mostrar como reagem com comportamentos tóxicos os abusadores que não conseguem lidar com a rejeição em apps como o Tinder, Happn ou Bumble.

apps de namoro

A página de Instagram de Alexandra, @byefelipe, tem publicado imagens de conversas que mostram comportamentos hostis de quem foi rejeitado ou ignorado em apps de encontros. Também é mostrado como alguns utilizadores usam o relativo anonimato de apps encontros para fazer perguntas inapropriadas e ter comportamentos repulsivos.

Tweten pretende, com esta iniciativa, alertar as redes sociais de namoros virtuais para encontrarem soluções para o problema. A “rede de segurança” para afastar utilizadores abusivos através do bloqueio não está a ser suficiente.

“As minhas principais motivações para criar a conta eram mostrar-me solidária com outras mulheres (você não pode ser uma mulher em sites de encontros sem receber mensagens assustadoras de homens), para que os homens saibam como é ser uma mulher on-line (nem tudo são cupcakes e arco-íris!), e para expor o direito problemático que alguns homens julgam exercer sobre as mulheres em geral”, explicou Tweten no seu blogue.

As aplicações de encontros baseiam-se num certo anonimato: normalmente só aparece uma pequena biografia, nome, idade e várias fotos, pelo que fica a ideia de uma camada de proteção sobre a identidade dos utilizadores. Contudo, como essa cobertura de segurança é parcialmente invisível, as rejeições educadas recebem de volta, muitas vezes, respostas abruptas e abusivas.

O assédio e hostilidade com que as mulheres têm de lidar quase diariamente neste tipo de apps torna urgente que se encontrem soluções para o problema. O facto de Tweten alimentar a página de denúncias desde 2014 mostra que o caminho rumo à desejada segurança ainda tem muito para percorrer.

Fonte: The Next Web

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