Os jogos que não tiveram o sucesso esperado entre a comunidade

A indústria dos jogos vem demonstrando a crescente procura por parte da comunidade, consagrando-se como uma das mais lucrativas ao redor do mundo, tendo superado a indústria cinematográfica de Hollywood — que habitualmente publica diversos filmes anualmente —, assim também o mercado gaming tem chegado numa trajetória de crescimento com a publicação de muitos títulos indie e conceituadas produtoras.

O artigo tem por base dados publicados pelo site de aposta em eSports Betway, que destaca alguns dos jogos cujo o resultado final foi inferior às expetativas do mercado, resultando num insucesso em volume de vendas. Reunimos alguns dos jogos apresentados cujos resultados foram negativos e aqueles que, com poucos recursos, conseguiram oferecer propostas que cativaram a comunidade.

Esse crescimento vem fazendo com que o mercado se torne muito dinâmico tornando-se num mercado altamente competitivo, onde existe espaço para todos, mas onde nem todos conseguem ser bem-sucedidos. Prova disso mesmo é que diversos jogos ao longo das últimas décadas não tiveram o sucesso (que era esperado pelas equipas de desenvolvimento) entre a comunidade.

Os fracassos, da última década, em matéria de videojogos

Duke Nunem Forever foi um título que chegou às prateleiras em 2011, com catorze anos de desenvolvimento, o jogo gerou uma grande expetativa entre a comunidade pois durante os anos 90 era uma das melhores franquias da época. Produzido pela 3D Realms e publicado pela 2K Games, o jogo chegou para PS3 e Xbox 360, no entanto, este pecou por gráficos e jogabilidade da geração anterior.

Parece que aqui o tempo foi um dos fatores decisivos para o desespero dos fãs, uma vez que, depois de tantos anos este jogo tornou-se um “grande flop” não tendo vendido mais de 376 mil unidades — um volume francamente baixo — e que ditou o fim da série, pelo menos, até à data.

No Man’s Sky não aparece na lista, no entanto, também foi um dos jogos com piores resultados em termos de expetativas. Este jogo apresentado na E3 2014 e que surpreendeu tudo e todos, chegou mesmo a ganhar os prémios de “Melhor Jogo Original” e “Melhor Jogo Independente” aquando do lançamento. Contudo, isto não correspondeu à opinião dos jogadores que esperavam mais deste jogo que teria tudo para ser inovador.

O falhanço ficou a dever-se à falta de conteúdos (expectado pela comunidade), pois a inovação de criação de planetas estava lá. E, apesar das falhas, a concretização foi até bem conseguida, visto que se tratava de um estúdio independente e que tinha poucos recursos para a criação executiva do jogo. É um exemplo de que as empresas indie — cujas ideias sejam inovadoras — podem surpreender tudo e todos positivamente.

O jogo E.T.: the Extraterrestrial foi, infelizmente, o fim de toda uma era fantástica no mundo dos videojogos. Esta produtora sobe o domínio da Atari Inc., até então, líder no mercado de consolas, adquiria os direitos de produção de um jogo com a temática do famoso filme de Hollywood, de Steven Spielberg, o E.T. e lançava-o para a sua mais recente consola, a Atari 2600.

Problemas no lançamento e um tremendo glich no jogo afetaram a experiência de milhares de jogadores da época. Esse problema era bastante difícil de resolver e apesar de ter vendido 1,5 milhões de cópias, o jogo foi dos maiores fiascos, tendo contribuído para o fim da Atari Inc enquanto produtora e a consecutiva falência de uma das empresas mais emblemáticas empresas do mundo dos videojogos.

Shenmue foi o primeiro de uma série que, neste momento, já vai na terceira edição. O primeiro título destacou-se pelos avultados custos (para a época), tendo sido o jogo com um dos maiores custos de produção. Apesar de ter vendido 1,2 milhões de cópias, a receita não superou os 70 milhões de dólares do custo de produção, tendo sido um verdadeiro fracasso em termos de margem de lucro.

O último jogo foi lançado em 2019 para PlayStation 4 e para PC e apresentava um custo de produção substancialmente inferior, depois de conseguir reduzir para metade o custo do segundo título. Esta série contou com apoio crowdfunding e de alguns dos melhores programadores da Sega — famosa pela produção de diversos jogos ao longo dos últimos anos e que teve de se restruturar para aguentar o teste do tempo.

Cyberpunk 2077 foi o mais recente fracasso. O título que foi lançado em 2020 revelou-se o “flop” de 2020 face aos problemas de execução e jogabilidade nas consolas da anterior geração, a PlayStation 4 e Xbox One. Face ao enorme que está ocorrendo, a PlayStation foi forçada a retirar o jogo da sua loja online e, do lado da Microsoft, os jogadores tiveram direito a pedir um reembolso do jogo.

Mais uma vez, o principal problema do jogo foi o tempo de desenvolvimento — visto que se tratava de um projeto ambicioso (digno de um Grand Theft Auto) — com uma pequena equipa. Foram vendidas 15 milhões de cópias de jogadores extremamente ansiosos de Cyberpunk 2077 que esperavam mais do aquilo que efetivamente receberam. Isto foi mais um caso de expetativas que saíram furadas, bem como, de uma quebra do compromisso para com a comunidade — que pressionou fortemente a empresa a lançar um jogo, que consideravam incompleto.

Esta informação fez parte de um estudo realizado pela Betway Insider procurando saber qual a fórmula mágica para o sucesso de um jogo, comparando jogos de sucesso com jogos que fracassaram, passando por jogos cujo o investimento inicial foi baixo, bem como, por jogos cujo investimento foi mais avultado. Baseado neste estudo elaborado pelo time em apostas online em eSports, a Betway, pudemos concluir uma informação que muitos consideram surpreendente, outros nem tanto.

A verdade é que não existe uma fórmula mágica para o sucesso de um jogo, mas existem fatores que permitem melhorar a probabilidade de ser bem-sucedido. Cada vez mais, as produtoras ouvem a comunidade no sentido de chegar ao consumidor final com os produtos mais esperados, de forma a não quebrar expetativas negativamente. Jogos completamente “fora da caixa” devem ser propostas bastante diferenciadas de modo a impressionar o jogador.

Existem jogos que se destacam pela positiva e são casos de sucesso

O estudo da Betway menciona ainda jogos que marcaram gerações e que foram dos mais rentáveis de sempre. O caso do Tetris, que foi resultado da mente de um brilhante cientista russo em plena Guerra Fria, divertiu milhares de pessoas ao longo de 40 anos, tendo gerado, oficialmente, 50 milhões de euros em mais de 30 plataformas diferentes, algo verdadeiro único.

Existem jogos um pouco mais esquecidos ou desconhecidos da comunidade, entre eles, Hollow Knight que impressiona bastante ao rodar bem em praticamente qualquer plataforma e ter belíssimas artes 2D em alta resolução e complementadas com cenários ricos e belos efeitos, bem como, Stardew Valley que vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo, mas com uma particularidade incrível — ter sido desenvolvido por apenas uma pessoa!

Recentemente, em 2011, era lançada a primeira versão Beta de Minecraft o icónico videojogo que virou tendência nas transmissões em direto no Youtube e Twitch, onde os jogadores podiam exercer a sua criatividade da forma mais espantosa possível. A Mojang faturou mais de 176 milhões de dólares, tendo conseguido vender o jogo dos blocos à Microsoft por uns impressionantes 2,5 bilhões de dólares! O último sucesso de vendas é Among Us, o jogo de 2018 que virou tendência desde 2020 com um total de 85 milhões de cópias vendidas para Switch e PC e através do seu aplicativo gratuito conseguiu uma impressionante quantia de 39 milhões de dólares num curto espaço de tempo. Este jogo é alvo de comédia e dos famosos “memes” pela internet fora.

Fonte Betway Insider

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