O Futuro da Comunicação: Pensamentos Transformados em Texto

A tecnologia tem vindo a evoluir a um ritmo acelerado, criando soluções para problemas que outrora pareciam insuperáveis. Uma dessas inovações é a capacidade de converter pensamentos em texto, uma tecnologia que tem o potencial de revolucionar a forma como nos comunicamos, especialmente para pessoas com deficiências.

Esta tecnologia, desenvolvida por um grupo de investigadores, promete facilitar a comunicação de uma forma muito pouco invasiva.

Empresas como a Neuralink, propriedade de Elon Musk, têm vindo a desenvolver implantes cerebrais capazes de converter sinais do cérebro humano em impulsos digitais que as máquinas podem entender. No entanto, estes métodos têm sido criticados pela sua falta de privacidade, exigindo cirurgia e colocando em dúvida a sua segurança.

Agora, um grupo de investigadores do Centro de Inteligência Artificial Centrada no Ser Humano GrapheneX-UTS da Universidade Tecnológica de Sydney pode ter encontrado a solução. Eles desenvolveram uma forma de ler ondas cerebrais e traduzi-las para linguagem natural sem a necessidade de intervenção médica ou outros métodos invasivos. Esta inovação foi possível graças aos avanços recentes na inteligência artificial, dando origem ao projeto BrainGPT.

O que distingue o BrainGPT é a sua capacidade de incorporar técnicas de decodificação de ondas cerebrais, que são posteriormente processadas em texto, sem a necessidade de tecnologia invasiva. Para utilizar esta tecnologia, o utilizador coloca um capacete que regista a atividade cerebral através de um eletroencefalograma. As medidas são processadas por um algoritmo apoiado por um grande modelo de linguagem, chamado DeWave, que transforma as ondas em texto.

Durante os testes, os participantes leram excertos de texto em silêncio com o capacete colocado. O modelo processava as ondas recolhidas e mostrava o texto resultante num ecrã. Embora a precisão na geração dos resultados ainda não seja perfeita, os investigadores acreditam que podem aumentar a precisão até 0,9 através do refinamento do modelo.

Esta tecnologia representa um avanço significativo na neurociência e na inteligência artificial. Embora não seja a primeira tecnologia capaz de transformar ondas cerebrais em texto, é pioneira no uso de um método não invasivo. Além disso, a estrutura das frases e a escolha das palavras são acertadas na maioria dos casos, o que dá aos investigadores a confiança de que serão capazes de superar os desafios.

Acredito que, com a devida regulamentação e supervisão, a BrainGPT pode abrir novas portas para a comunicação humana no futuro.

Fonte: TechXplore

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