A Ubisoft, uma das gigantes da indústria dos videojogos, está a preparar-se para reformular os planos do seu serviço de subscrição, o Ubisoft+. A proposta ousada da empresa baseia-se na sempre polémica questão de pagar não para possuir os jogos, mas sim pelo direito de os usar por um período limitado. Philippe Tremblay, director de subscrições da Ubisoft, expressou esta ideia como “sentir-se confortável sem ser dono do seu jogo”.
A Ubisoft planeia desenvolver esta proposta através de novos planos. Um deles será o Ubisoft+ Premium, uma fusão entre o que eram o Ubisoft+ Multi-Access e o PC Access. Este plano incluirá novos lançamentos desde o primeiro dia, como por exemplo, o recente ‘Prince of Persia: The Lost Crown’. Este plano custará 17,99 euros em PC, Xbox e Amazon Luna. Os jogadores de PC e Playstation terão também acesso a outro plano, o Ubisoft+ Classics, que por 7,99 euros permite o acesso a títulos já publicados.
Esta renovação do modelo de subscrição surge da confiança da Ubisoft no crescimento do sector. A empresa acredita que o crescimento será motivado por uma mudança que deve ocorrer no consumidor, que aumentará quando os jogadores se aperceberem que não perderão o seu progresso no jogo mesmo que não possuam o jogo em si.
A experiência do jogador será ainda mais potenciada pela possibilidade de streaming dos jogos, sem a necessidade de os descarregar. Para a Ubisoft, este é o futuro da indústria, com o formato físico a tornar-se cada vez mais residual.
Esta visão da Ubisoft coincide parcialmente com a recente decisão das lojas GAME no Reino Unido de deixarem de vender jogos em segunda mão, o que é mais um golpe para o declínio do formato físico. Esta mudança é também reforçada por estudos que afirmam que apenas 5% dos videojogos vendidos em 2023 incluíam um disco.
A Ubisoft está a apostar fortemente na digitalização da indústria dos videojogos, com a introdução de novos planos de subscrição e a promoção do streaming de jogos. Na minha opinião, esta é uma mudança inevitável na indústria dos videojogos, impulsionada pela evolução tecnológica e pela crescente preferência dos consumidores pelos formatos digitais.
No entanto, é crucial que as empresas garantam que os direitos dos jogadores sejam protegidos neste novo modelo de negócio, especialmente no que diz respeito à preservação do progresso nos jogos e ao acesso contínuo aos títulos adquiridos.
Fonte: Gamesindustry