As vendas de notebooks e desktops sofreram a maior queda de sempre no ano passado. Segundo dados da Computer World esta foi a maior redução de sempre na aquisição destes materiais desde quando as contagens começaram a ser feitas em 1990.
Detalhando melhor, 65,3 milhões de PCs foram vendidos no quatro trimestre de 2022, uma queda de 28,5% em relação ao mesmo período de 2021.
Começando com os dados do 4.º trimestre vemos uma queda acentuada de 29% da Lenovo, que apresentou a maior redução nas vendas desde 1990 em todas as regiões, exceto no Japão.
A HP foi a mais afetada no Médio Oriente com redução nas remessas na ordem dos 44% em relação a 2021. O mercado de computadores nos Estados Unidos caiu 20,5% no mesmo período, sendo este o 6.º trimestre consecutivo de declínio na região. Apesar de tudo, HP e Dell lideram este mercado nos Estados Unidos com 26,8% e 23,4% das vendas de PCs.
Falando do panorama geral de 2022, venderam-se no mundo inteiro 286,2 milhões de computadores, o que corresponde a uma queda de 16,2% em relação a 2021, o pior resultado dos últimos anos.
Mikako Kitagawa, Analista e Diretor do Gartner, acredita que os responsáveis por estes resultados são “a antecipação de uma recessão global, o aumento da inflação e as taxas de juros mais altas que tiveram um grande impacto na procura de PCs. Apesar do novo recorde batido este ano, acredito que nos próximos anos vão voltar a surgir boas oportunidades”.
Outro argumento é que muitos utilizadores já adquiriram computadores durante a pandemia e o aumento dos preços da inflação fez a procura destes cair conforme a economia se desacelera pelas altas taxas de juros.
Para 2024 os analistas esperam que a tendência de queda se mantenha também no mercado empresarial que deve manter a estratégia de estender o ciclo de vida dos seus equipamentos até ao próximo ano.
Fonte: Computer World