Novo estudo indica a existência de água líquida em Marte

Um grande reservatório de água subterrânea (uma espécie de “lago”) foi encontrado debaixo da superfície gelada de Marte perto do pólo sul do planeta, segundo um novo estudo avançado por investigadores italianos publicado pelo jornal Science.

Ao comprovar-se esta descoberta, aumenta exponencialmente a probabilidade de existência de vida no planeta vermelho, agora que também sabemos que existe matéria orgânica em Marte.

“Eu acho que as possibilidades de encontrar um lugar que tenha vida correntemente aumentaram,” disse Scott Hubbard, professor de astronáutica na Universidade de Stanford, na California. Hubbard foi o director do primeiro programa dedicado a Marte da NASA. Ele considera esta descoberta “excitante”.

A descoberta foi realizada numa região conhecida por Planum Australe, através de um radar a bordo do satélite Mars Expressa, enviado pela Agência Espacial Europeia e em órbita desde 2003.

Qual é o tamanho deste lago?

O lago é bem grande, tendo 20 km’s de diâmetro e encontrando-se a 1.5 km’s de profundidade, de acordo com análises de radar de informação captada entre 2012 e 2015.

Haverá mais locais de água escondidos em Marte?

Segundo o astrónomo italiano que liderou este estudo, Roberto Orosei, essa é uma possibilidade real. O astrónomo sublinhou que este estudo apenas se centrou numa zona muito reduzida do planeta vermelho e que nada impossibilita que existem outros reservatórios de água como este noutros locais de Marte.

Este lago será provavelmente extremamente frio e salgado. Em teoria, estas não são as condições ideais para a vida se desenvolver. Porém, já foi encontrada vida no planeta terra em condições semelhantes. Assim sendo, a possibilidade de que o planeta vermelho possa albergar vida é neste momento bastante séria e credível.

Alguns cientistas permanecem cépticos

Há quem considere que, apesar deste estudo abrir a possibilidade real da existência de reservatórios de água subterrâneos, ele acaba por não ser suficiente para o confirmar. Apenas o tempo dirá se a ciência por trás deste estudo aguenta o teste do tempo e se, eventualmente, encontraremos provas de vida extraterrestre no nosso planeta vizinho.

Fonte: Euronews

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