A Carnegie Mellon University (CMU), em conjunto com a MIT e Georgia Tech, desenvolveu um estudo que revela que 25 por cento dos tweets não têm interesse em serem lidos.
Para o bem do utilizadores desta rede social o estudo revela ainda nove conselhos que devem ter sidos em conta quando escrever algo no Twitter.
Mesmo sendo os próprios utilizadores a escolherem aqueles que querem seguir, isso não significa que tenham interesse por aquilo que escrevem, daí que alguns dos tweets nem sequer sejam lidos. Diariamente são enviados mais de 200 milhões de tweets, mas a verdade é que nem perto de metade recebem feedback. Esta falta de entusiasmo levou a que três estudantes – Paulo André da CMU, em parceria com Michael Bernstein da MIT e Kurt Luther da Georgia Tech – criassem o site “Who gives a Tweet?” que os ajudou a perceber as avaliações dadas aos tweets. Os visitantes do site ficaram à espera dos prometidos feedbacks, sendo que durante 19 dias, 1.443 visitantes qualificaram cerca de 43.738 tweets dos 21.014 registados no Twitter.
Os leitores apreciam apenas 36 por cento dos tweets, não gostando de 25 por cento, mas os restante 39 por cento não mostram uma opinião favorável sobre os tweets.
O estudo revela ainda nove dicas que ajudam a tornar os tweets mais interessantes, aumentando a possibilidade de feedback, ou pelo menos de leitura.
1. “Old news is no news“, mesmo sendo postados em tempo real os tweets de links recentes facilmente perdem interesse pela frequência em que são postados e pela existência, quase repentina, de novos links;
2. Contribuir para a história, ou seja, opinar (retweet) sobre um tema de modo a cativar a atenção de quem lê;
3. Manter o tweet curto, a bem dizer, deve resistir ao alcance dos 140 caracteres permitidos;
4. Limite o uso de sintaxe específica do Twitter, não abusar do “#” pois tornam os tweets mais complicados de ler;
5. Guarde para si, o ponto dois diz para opinar mas não o faça sobre a sua vida pessoal, deixe isso para o seu diário;
6. Fornecer contexto, isto é, aliar a um tweet curto um link que redireccione a um blog ou a um site, mas com devida justificação;
7. Não lamentar, o lamechismo e os queixumes não ajudam a feedback;
8. Seja provocativo, junte ao ponto 3 e 6 um pouco de ousadia nas suas palavras para que chame à atenção;
9. No caso dos famosos, estes deviam saber que o Twiteer não é um diário e a frequência de tweets sobre questões pessoais pode afastar profissionais que estejam interessados.
Os pesquisadores consideram que os participantes no estudo não representam a realidade na sua totalidade, mas as conclusões do estudo são apresentados hoje, dia 13, numa conferência agendada pela Association for Computing Machinery.
