A Netflix quer impedir que os seus utilizadores partilhem as suas contas com familiares ou amigos, tentando aumentar o número de utilizadores que pagam pelo serviço, contudo, de acordo com um estudo feito pela Aluma Insights, o efeito deverá ser o inverso, pelo que a gigante de streaming deverá pensar numa forma de atrair utilizadores.
De acordo com a Aluma, a Netflix deverá perder cerca de 13% de subscritores com o fim de partilha das contas, e passe a cobrar três dólares por cada utilizador que não esteja no mesmo espaço.
A Netflix estima que 100 milhões de domicílios utilizam contas da empresa e não têm qualquer custo com a mesma. Neste universo 30% dizem respeito a cidadãos norte-americanos, sendo que os lucros da empresa têm decrescido nos últimos meses, tendo perdido cerca de 636 mil seguidores apenas nos Estados Unidos da América.
Michael Greeson, fundador da Aluma, é da opinião que “remover este privilégio numa altura em que os preços dos combustíveis, da comida e de outros bens essenciais estão a aumentar”, não é uma boa estratégia, visto que pode levar até aos utilizadores mais fiéis a abandonar a plataforma.
Está, também, aberta a possibilidade de um utilizador que faz uso de uma conta subscrita, pagar três dólares, o que será menos do que o serviço na totalidade. Nesta caso, um utilizador pagaria a subscrição completa e por cada utilizador, acrescentar uma taxa de utilizador complementar.
A grande pergunta que se coloca é quanto aos ganhos da Netflix e se estes compensam a implementação desta modalidade. Para Gresson esta alternativa poderá ser, ainda assim, benéfica para a Netflix, acrescentando que tudo “depende de quão elegante for a solução para a partilha de passwords.
Nos últimos anos, por forma a aliviar migrações para outras plataformas, os executivos da Netflix foram consistentes na execução de uma filosofia que defende que a implementação de soluções não deve provocar grandes mudanças”
Fonte: Next TV