Microsoft-Activision: Sony tem medo de perder a liderança do mercado

A posição da Sony sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft tem sido um dos tópicos mais observados na indústria dos jogos este ano. Com a sua consola PlayStation a dominar o mercado e a sua própria biblioteca de jogos populares, a Sony opôs-se rapidamente à compra da Microsoft da Activision.

O gigante japonês argumentou que a popular franquia Call of Duty da Activision Blizzard é um título insubstituível e que impediria significativamente a capacidade da Sony de competir se ela fosse tornada exclusiva para Xbox/PC. A Sony também notou que tal movimento seria prejudicial tanto para os consumidores como para os criadores, pois limitaria a competição e teria impacto na sua capacidade de criar jogos inovadores para múltiplas plataformas.

Nas últimas horas a CMA, a autoridade antitruste britânica, tornou públicas algumas das declarações divulgadas pela Sony que pintam um quadro bem diferente: parece que a empresa está mais preocupada em perder ou ver diminuir a sua liderança no setor do que propriamente dos jogos em si.

A documentação inclui declarações bastante curiosas. Esta foi uma afirmação surpreendente, especialmente tendo em conta que a Sony comentou recentemente o assunto e declarou que a Microsoft nunca lhes tinha oferecido um contrato de 10 anos para manter Call of Duty na plataforma PlayStation, o que contradiz diretamente o que a Microsoft tem vindo a dizer em público. O mesmo acordo já foi oferecido e assinado com a Nintendo.

À luz das novas declarações, Lulu Cheng Meservey, uma dos principais gerentes da Activision, também interveio na conversa pública. No Twitter, Meservey confirma que o contrato foi efetivamente oferecido à Sony, mas aponta dois detalhes interessantes: primeiro, que a Sony domina o mercado das consolas há mais de dez anos e atualmente detém 80% do mercado e, segundo, que os termos oferecidos pela Microsoft são muito melhores do que o que a Activision poderia oferecer.

Por fim, Meservey acusa diretamente a Sony, mais especificamente o chefe da divisão de videojogos (SIE, Sony Interactive Entertainment) Jim Ryan, de ter dado uma versão muito diferente dos fatos nas suas declarações ao Antitruste Europeu: “Não quero um acordo, quero bloquear a sua aquisição”.

Esta informação ainda não foi confirmada por outras fontes, e claramente todo o contexto está pouco esclarecedor. Isso inevitavelmente lança uma luz completamente diferente sobre a atitude da Sony até agora, e certamente não é positiva. No mínimo, é muito mais difícil apresentar um argumento válido perante uma comissão oficial. No entanto, o jogo continua em aberto, mesmo agora que estamos na fase final. A decisão final é esperada nesta primavera.

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