Navios de guerra afundados em Portimão

Quatro antigos barcos de guerra da Marinha portuguesa vão ser afundados propositadamente para dinamizar o turismo de mergulho criando um parque subaquático.  Foram removidos os materiais com substâncias consideradas contaminantes e nocivas para o meio ambiente,  e os navios foram  submetidos a inspeções técnicas para que o afundamento seja efetuado com todas as condições de segurança.

Os trabalhos de descontaminação dos quatro navios custaram cerca de 2,4 milhões de euros, verba conseguida junto de grupos privados.

A corveta Oliveira e Carmo, ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa durante 40 anos,  foi o primeiro dos quatro navios de guerra a ser afundado, o evento deu-se por volta das 11h38 através de uma explosão controlada, demorando dois minutos e 21 segundos a afundar. Neste momento o navio encontra-se a 30 metros de profundidade. O Comandante da Marinha Gomes Sousa, um dos últimos a prestar serviço a abordo deste navio, diz que este evento traz sentimentos contraditórios, contudo esta opção é a mais sensata uma vez que desta forma o navio ficará preservado.

Este navio é o primeiro a integrar o parque subaquático Ocean Revival, local de mergulho a 5,5 quilómetros ao largo de Portimão. Este investimento de cerca de três milhões de euros visa incrementar o turismo de mergulho no Algarve.

O navio oceanográfico Almeida Carvalho e a fragata Hermenegildo Capelo irão juntar-se à corveta Oliveira e Carmo e ao navio-patrulha Zambeze, todos desativados e cedidos pela Marinha Portuguesa à autarquia de Portimão sem qualquer custo. Os navios serão afundados também a cerca de 30 metros de profundidade ao largo de Alvor, ficando a parte mais alta do navio a cerca de 15 metros da superfície, para não causar impedimentos à circulação marítima.

Este investimento visa colocar o Algarve no circuito de internacional de mergulho, devido ao clima e à abundância de espécies de fauna e flora marítima.

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