Microsoft e LinkedIn Alertam: Ferramentas Inúteis Sem Formação Adequada

Há mais de um ano, a Inteligência Artificial (IA) generativa entrou em cena como uma grande revolução, alterando profundamente a forma como interagimos com a tecnologia, não só na nossa vida quotidiana mas também no ambiente de trabalho.

Este fenómeno tem sido objeto de numerosos estudos, que procuram entender as implicações da IA para o futuro do trabalho, desde a criação e eliminação de empregos até à confiabilidade e aos vieses dos sistemas de IA.

À medida que a IA se torna omnipresente no local de trabalho, tanto os empregados como as empresas enfrentam uma pressão crescente. Por um lado, os trabalhadores veem na IA uma ferramenta que pode poupar tempo, estimular a criatividade e permitir que se concentrem nas tarefas mais importantes. Por outro lado, os líderes empresariais reconhecem a importância da adoção da IA para manter a competitividade, mas muitos estão preocupados com a quantificação dos ganhos de produtividade e com a falta de uma visão clara para a implementação eficaz da IA.

Um estudo recente, o quarto Índice anual de tendências laborais lançado pela LinkedIn e Microsoft, revelou dados interessantes sobre o uso da IA no ambiente de trabalho. O estudo sugere que o mercado laboral está a mudar e que está a emergir uma nova economia de IA. Apesar de alguns profissionais temerem que a IA possa substituir os seus empregos, o estudo apresenta uma visão mais matizada, indicando que existem muitas novas oportunidades para aqueles que estão dispostos a adaptar-se e aprimorar as suas competências.

Curiosamente, muitos empregados estão a utilizar a IA sem o conhecimento dos seus superiores, o que complica a capacidade dos gestores de medir os benefícios do investimento em IA e de assegurar a sua adequada implementação. Três em cada quatro trabalhadores (75%) já utilizam a IA no trabalho, o que reflete o desejo dos empregados de ter acesso a estas ferramentas, independentemente das estratégias das empresas.

No entanto, enquanto 79% dos líderes concordam que a adoção da IA é essencial, 59% estão preocupados com a medição dos ganhos de produtividade e 60% temem que as suas empresas não tenham um plano claro para a implementação da IA. Além disso, 78% dos empregados que usam IA estão a trazer as suas próprias ferramentas de IA para o trabalho.

No que diz respeito à carreira profissional, a IA está a elevar o padrão e a quebrar barreiras. Embora a perda de empregos devido à IA seja uma preocupação, muitas pessoas estão a considerar mudanças de carreira, e metade dos líderes temem não encontrar profissionais no mercado para preencher as vagas disponíveis. Dois terços dos líderes não contratariam alguém sem competências em IA, mas apenas 39% dos utilizadores receberam formação em IA das suas empresas, o que sugere que os profissionais estão a procurar formação por conta própria.

Na minha opinião, a IA não é uma ameaça, mas sim uma oportunidade para redefinir o trabalho e enriquecer as carreiras profissionais. A chave para o sucesso nesta nova era será a capacidade de adaptação e o investimento contínuo em aprendizagem e desenvolvimento de competências. As empresas que reconhecerem e abraçarem essa mudança estarão melhor posicionadas para prosperar no futuro.

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