Mexer no telemóvel toda a noite pode… causar rugas!

Depois de muitos anos a acreditar-se que mexer no telemóvel à noite afetaria a qualidade do sono, um novo estudo, publicado recentemente na revista Sleep, vem agora contradizer esta ideia e referir que tal ato provoca, isso sim, um maior envelhecimento da pele do rosto.

Vários estados já tinham apontado como prejudicial o hábito de muita gente de ficar deitado na cama, de cabeça na almofada, às escuras, a ver as redes sociais. Era mencionada uma relação entre o vício do uso dos smartphones e a perturbação do sono.

O senso comum parecia, de certa forma, corroborar esta ideia. O vício de mexer no telemóvel fazia com que adiássemos a hora de dormir e, consequentemente, dormíssemos menos, além de provocar um elevado nível de stresse e problemas na visão, interferindo, ainda, na produção da hormona melatonina, cuja principal função é regular o sono.

Os cientistas envolvidos neste novo estudo têm vindo a testar num grupo de 29 pessoas se a luz azul que afeta as células ganglionares da retina fotossensíveis nos olhos e se esse processo teria algum efeito na qualidade do sono.

“A melatonina e o sono provavelmente não estão tão intimamente associados quanto as pessoas acreditam”, sugere a autora principal do estudo, Christine Blume. O estudo aponta que as funções celulares básicas é que podem ser afetadas pela luz azul emitida pelos smartphones e outros dispositivos.

As descobertas do estudo são inéditas e mostram que as substâncias químicas essenciais para o bom funcionamento das células são alteradas em moscas-das-frutas expostas à luz azul: “O nosso estudo sugere que evitar a exposição excessiva à luz azul pode ser uma boa estratégia antienvelhecimento”, considera a cientista.

As células oculares são ativadas pela luz, mas são particularmente sensíveis à luz azul e acredita-se que desempenhem um papel importante na definição dos ritmos circadianos internos do corpo.

Os autores descobriram que as moscas da fruta expostas à luz azul ativavam os seus genes protetores do stresse e que os insetos mantidos em constante escuridão viveram mais tempo.

“Outra descoberta preocupante foi que as moléculas responsáveis pela comunicação entre os neurónios, como o glutamato, estão no nível mais baixo após a exposição à luz azul”, acrescentou a autora.

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