Meta vai gastar 665 milhões de litros de água do Tejo anualmente

A Meta vai construir um grande centro de dados em Talavera de la Reina, junto ao rio Tejo, mas do lado de Espanha, que se estima que consuma 665 milhões de litros de água por ano. A região em causa está em pré-alerta de seca e este projeto envolve um grande consumo de água e energia.

O complexo terá uma área de 180 hectares e a empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp terá computadores a funcionar 24 horas por dia, o que implica um grande consumo de energia e de água.

Contudo, a gigante tecnológica garante que o uso eficiente da água será uma das suas prioridades, comprometendo-se a “restaurar mais volume de água do que a que for consumida, mediante projetos de restauração hidrológica”.

Em Espanha, a maior parte dos centros de dados utiliza circuitos fechados de água, que arrefecem os sistemas e recuperam o líquido evaporado por condensação, podendo reutilizá-lo.

O problema que aqui se está a levantar tem a ver com a grande dimensão do novo centro de dados da Meta, que muitos grupos ambientalistas acreditam não ser sustentável, especialmente numa região que já está a sofrer as consequências da seca.

A organização Ecologistas en Accion aponta, por exemplo, que seria preciso um parque de 400 hectares com painéis solares para alimentar o consumo elétrico do centro de dados com energias renováveis.

Esta situação pode vir a agravar a guerra pela água entre Portugal e Espanha.

A situação de seca meteorológica agravou-se em Portugal continental no mês de abril, estando 89% do território continental em seca, 34% da qual em seca severa e extrema, segundo o IPMA. Num mês, a área em seca em Portugal continental quase duplicou em relação a março, quando era de 48%.

Fonte: Correio da Manhã

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