Nos últimos anos, a Meta tem mantido o seu programa de verificação de conteúdos como um dos mais avançados na indústria das redes sociais. Contudo, num movimento surpreendente que espelha a recente transformação do Twitter em X, Mark Zuckerberg decidiu desmantelar este programa.
Esta decisão marca uma reviravolta significativa na abordagem da Meta face à moderação de conteúdo e à liberdade de expressão nas suas plataformas, segundo conta a CNN.
A estratégia agora adotada pela Meta é clara: implementar um sistema semelhante às “notas da comunidade” já utilizadas pelo X, anteriormente Twitter. Este sistema, anunciado por Zuckerberg através do seu Instagram, pretende substituir o controlo centralizado por uma maior liberdade de expressão. O anúncio foi também detalhado num post no blogue oficial da Meta, sublinhando a mudança de paradigma na forma como a empresa lida com a desinformação.
Esta alteração representa uma mudança drástica na forma como uma plataforma tão grande como a Meta – que inclui Facebook, Threads e Instagram – aborda a desinformação.
Desde 2016, a Meta empregava mais de 90 organizações para verificar conteúdo em mais de sessenta idiomas, numa tentativa de controlar a propagação de informações falsas. No entanto, a nova abordagem pretende reduzir a intervenção centralizada, apostando numa moderação mais orientada pela comunidade.
Oficialmente, a Meta afirma que o seu sistema anterior “foi longe demais”, justificando assim a necessidade de mudança. Inicialmente, as alterações serão implementadas nos Estados Unidos, com planos de expansão para o resto do mundoRazer Blade 16 (2025). Contudo, o que motivou esta decisão pode ser algo mais obscuro.
O timing do anúncio coincide com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, e a Meta recentemente doou um milhão de euros para o seu fundo inaugural. Além disso, Joel Kaplan, um republicano de destaque, foi nomeado como o responsável máximo pelas políticas globais da empresa.
O centro de moderação será transferido da Califórnia para o Texas, e haverá uma redução nas restrições sobre tópicos como imigração e género. Além disso, o conteúdo político será reintroduzido gradualmente nos feeds dos utilizadores.