A Mercedes pretende instalar um “supercomputador” a bordo de todos os seus automóveis, graças a uma parceria com a Google.
Os carros da marca vão passar a estar equipados com sensores de condução autónoma que lhe vão permitir competir com a Tesla, assim como outras marcas chinesas recém-chegadas ao mercado.
A Mercedes está empenhada em integrar software de uma variedade de fornecedores. O objetivo é equiparar as novidades que a marca de Elon Musk introduziu, combinando os recursos ao nível dos softwares, a autonomia da bateria e a condução autónoma – esta última só disponível para os clientes que queiram pagar um bom valor extra.
De forma a diminuir os custos iniciais da compra de semicondutores, a Mercedes vai dividir as receitas com a fabricante de semicondutores Nvidia Corp, que tem sido sua parceira na tecnologia de condução autónoma desde 2020.
O anúncio da parceria coincidiu com a altura em que a Mercedes atualizou a sua estratégia de software, e se mostrou disponível a incluir parceiros.
O novo sistema operativo interno da Mercedes-Benz vai apresentar o MB.OS com a nova plataforma de Arquitetura Modular da Mercedes. Este sistema foi concebido para manter o controlo total sobre a relação com o cliente, assegurar a privacidade dos dados, e apoiar a integração única de todas as funções do automóvel num único sistema.
“Tomámos a decisão de sermos os arquitetos do nosso próprio sistema operativo – uma arquitetura única chip-to-cloud que aproveita o seu pleno acesso aos componentes de hardware e software dos nossos veículos”, afirmou Ola Källenius, Diretor Executivo da Mercedes.
No que respeita à parceria com a Google, esta vai permitir fornecer dados sobre o trânsito, assim como possibilitar o visionamento de vídeos no Youtube no sistema de entretenimento do carro quando este estiver estacionado ou em modo condução autónoma de Nível 3, o qual permite aos condutores tirar os olhos do volante em certas estradas, desde que consiga reassumir o controlo da viatura assim que necessário.
