A Mastodon, rede social rival do Twitter, está a rejeitar hipóteses de financiamento para preservar o estatuto de organização sem fins lucrativos. Este tipo de abordagem tem vindo a aumentar desde que Elon Musk comprou o Twitter, relata a ARS Technica.
Questionado pela imprensa, o fundador da Mastodon, Eugen Rochko, disse que a rede social “não se vai transformaria naquilo que as pessoas mais odeiam no Twitter”. Por isso, rejeitou cinco ofertas de investimento de empresas de capital de risco de Silicon Valley nos últimos meses.
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A Mastodon, rede social de microblogging de código aberto fundada em 2016 pelo desenvolvedor de software alemão Eugen Rochko, registou um aumento muito significativo no número de utilizadores desde que Elon Musk comprou o Twitter em outubro de 2022. Os downloads diários da Mastodon aumentaram de 6.000 em 27 de outubro, dia em que Musk adquiriu o Twitter, para um pico de 243.000 em 18 de novembro. O uso de outros sites rivais menores, como o Tumblr, também disparou.
Agora ficamos a saber que o estatuto sem fins lucrativos da plataforma é “intocável”, acrescentando que a independência da Mastodon e a escolha de estilos de moderação nos seus servidores eram fatores de atratividade para os seus utilizadores.
De recordar que o Twitter suspendeu temporariamente as contas de Mastodon e de vários jornalistas, depois de terem partilhado conteúdo sobre a rota de voo do jato particular de Musk. O Twitter também sugeriu que proibiria links para plataformas de media social rivais, incluindo a Mastodon, mas depois mudou de rumo nesta política.
A Mastodon tem recursos semelhantes ao Twitter, mas é composta por muitos servidores descentralizados e moderados de forma independente. Os utilizadores ingressam num servidor, mas podem conectar-se com pessoas de outros servidores através do chamado sistema “federado”.
Rochko é o único acionista da Mastodon e, de acordo com o seu relatório anual de 2021, pagou a si mesmo 2.400 euros por mês no ano passado, um valor que o próprio disse ter aumentado em 500 euros.
