Membros do Parlamento Europeu questionaram directamente Mark Zuckerberg numa audiência que demorou cerca de 2 horas e que foi transmitida em directo por livestream.
E, como já era esperado, a União Europeia foi muito menos amigável com o CEO do Facebook do que o Congresso Americano tinha sido há cerca de um mês atrás. As perguntas foram mais crispadas tanto no tom quanto no conteúdo.
Dois deputados levantaram a possibilidade de quebrar o “monopólio”
O deputado alemão Manfred Weber perguntou a Zuckerberg se conseguia nomear uma alternativa europeia ao seu “império”. “Eu acho que chegou a altura de discutir quebrar o monopólio do Facebook, porque já é demasiado poder em apenas uma mão,” disse Weber. “Portanto eu pergunto-lhe de forma simples, e esta é a minha questão final: você consegue convencer-me do contrário?”
O deputado Belga Guy Verhofstadt insistiu na mesma linha de questionamento. Referiu que o seu colega não poderia ser convencido do contrário porque isso “não faria sentido”. Sublinhou que apontar o Twitter ou o Google como alternativas ao Facebook, seria o equivalente a dizer que o comboio ou a bicicleta são alternativa ao carro. Perguntou também a Zuckerberg se estaria disponível para cooperar com as autoridades europeias com vista a determinar se o Facebook se trata de facto de um monopólio ou não, e se for, se aceitaria dividir o WhatsApp ou o Messenger para resolver o problema.
O formato permitiu a Zuckerberg fugir a diversas questões
Estas questões não foram respondidas por Zuckerberg. As perguntas dos membros do Parlamento iam acumulando e no final Zuckerberg apenas respondeu apenas ao que quis responder. Referiu simplesmente que, da sua perspectiva, o Facebook tem imensa competição no mundo digital.
O formato acabou por ser criticado por diversos deputados por ter permitido a Mark Zuckerberg fugir às perguntas mais incómodas. Ficou acordado que Zuckerberg responderia por escrito a todas as questões que ficaram sem resposta.
Fonte: The Verge