Em frente à Assembleia da República reuniram-se centenas de manifestantes que exigiam a demissão de Miguel Relvas do seu cargo ocupado no Governo. Os manifestantes gritaram palavras de ordem e levantaram cartazes.
Perto das 20 horas ainda se ouviam frases como “Ó Relvas põe-te a andar, ó Relvas vai estudar”. O motim planeado através de redes sociais levou centenas de pessoas a unirem-se em frente ao Parlamento exigindo que Miguel Relvas se demita. De início, esta manifestação não teria como principal mote o caso da licenciatura do deputado na Universidade Lusófona, mas na verdade a indignação falou mais alto e os cartazes levantaram-se a mostrar o desagrado: “Não há equivalência para a decência”. A manifestação, idealizada pelo cineasta Miguel Gonçalves Mendes tinha como principal objectivo travar “um padrão de comportamento de mentiras e mudanças de versões de uma semana para a outra”.
O número de participantes ficou à quem do esperado, entre 49.871 pessoas convidadas para a manifestação, quatro mil confirmaram presença mas apenas poucas centenas se deslocaram e se fizeram ouvir. “Enfim, é o povo que temos. Nos cafés, nos autocarros e na praia todo mundo reclama da atitude de Relvas. Mas quando é necessário mostrar a nossa indignação, é isto, poucos aparecem. É o normal: o português gosta de reclamar, mas não de agir…”, afirmou Carlos Matos ao Diário Digital.
A manifestação estava marcada para as 19 horas mas em poucos minutos o número de pessoas multiplicou-se. Ao longo da rua de São Bento eram muitos os cartazes que se faziam ler e exigiam “retidão, respeito, dignidade, ética e valores“. A circulação automóvel esteve condicionada devido à quantidade de manifestantes. Na cidade do Porto foram perto de vinte os que se manifestaram na Praça da Batalha.
Elementos da plataforma 15 de outubro – que se aliou à manifestação de hoje – exibiram esculturas de maior dimensão com os rostos do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, com a palavra “Fora!”.
A manifestação foi convocada pelo Facebook exigia a demissão do ministro dos Assuntos Parlamentares.
