O governo da Malásia introduziu legislação “anti-fake news” que está destinada à controvérsia e que alguns já classificaram de “censura”.
O The Wall Street Journal reporta que esta lei bane “qualquer noticia, informação, data e reportagem que seja parcialmente ou totalmente falsa, quer seja em forma escrita, visual ou de gravação áudio ou de qualquer outra forma capaz de sugerir palavras ou ideias”. Esta legislação inclui penas de prisão até 10 anos e multas de mais do que $100.000 dólares.
Muitos críticos defendem que esta legislação não surge num contexto inocente, e que um dos objectivos é tentar censurar um escândalo de corrupção que envolve o primeiro-ministro e um fundo denominado 1Malaysia Development Bhd. E de facto, segundo o The Wall Street Journal, um oficial do país confirmou que informação relacionada com esse escândalo que não tenha sido “verificada pelas autoridades da Malásia” seria considerada falsa.
A “Asia Internet Coalition”, um grupo da indústria digital que inclui os gigantes da Google, Facebook, e Twitter já condenou esta legislação, considerando que a mesma “compromete o acesso a informação e trocas de ideias legitimas”. A Administia Internacional referiu que é “profundamente perturbador que as autoridades da Malásia estejam a utilizar o termo ‘fake news’ como desculpa para calar os críticos”.
