A LG Electronics acaba de anunciar a sua maior receita trimestral de todos os tempos, à medida que a empresa continua a expandir a sua participação no mercado de eletrodomésticos premium e eletrónica de consumo fora da Coreia do Sul. Estes dados são deveras interessantes, já que demonstra que a fabricante sulcorena, apesar de ter deixado o mercado de smartphones, continuar forte nas suas outras áreas de mercado.
A receita mundial consolidada de 17,11 biliões de wons coreanos (15,26 mil milhões de dólares) aumentou 48,4% em relação ao segundo trimestre do ano anterior. O lucro operacional de abril a junho de 2021 cresceu 65,5% face ao período homólogo de 2020, para 1,11 biliões de wons coreanos (992,08 milhões de dólares). Os resultados da LG Mobile Communications Company, que terminou oficialmente no final de julho, são considerados enquanto operações descontinuadas e não estão incluídos nos relatórios de lucros trimestrais.
A LG Home Appliance & Air Solution Company reportou receitas na ordem dos 6,81 biliões de wons coreanos (6,08 mil milhões de dólares) no segundo trimestre, o que corresponde a um saudável aumento de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro operacional subiu 6,8% face ao segundo trimestre do ano passado para 653,60 mil milhões de wons coreanos (582,75 milhões de dólares), tendo sido especialmente impulsionado por vendas mais fortes em mercados externos à Coreia do Sul e uma melhor gestão dos recursos, muito embora os custos ainda possam vir a aumentar à medida que as matérias-primas escasseiam enquanto os países e produtores impactados pela pandemia volta ao normal.
É expectável que a competitividade dos produtos e a eficiência operacional ajudem a LG a manter o ritmo de vendas e nível de lucro dos principais equipamentos nos mercados-chave.
A LG Home Entertainment Company aumentou as suas receitas para 4,04 biliões de wons coreanos (3,60 mil milhões de dólares) no segundo trimestre, um crescimento substancial de 79,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro operacional disparou para 333,50 mil milhões de wons coreanos (297,35 milhões de dólares), correspondendo a uma subida de 216,4% ano-a-ano graças à crescente popularidade de produtos de OLED TV premium e à recuperação do mercado global de TV, que negativa e significativamente afetado no ano passado com o encerramento das lojas de retalho.
Com o preço dos painéis de TV a crescer de forma contínua, a estratégia de Home Entertainment da LG concentra-se no segmento de TVs premium e na gestão de um stock ágil.
A LG Vehicle Component Solutions Company alcançou um os 1,88 biliões de wons coreanos (1,68 mil milhões de dólares) em vendas no segundo trimestre deste ano, crescendo uns significativos 106,5% em relação ao período homólogo de 2020 como resultado da recuperação do setor automóvel e do aumento da procura por peças para veículos elétricos (xEV). A empresa teve um prejuízo operacional de 103,20 mil milhões de wons coreanos (92,01 milhões de dólares), uma vez que o preço dos semicondutores para automóveis aumentou drasticamente durante o trimestre.
Tirando partido da sua experiência em componentes de veículos elétricos avançados e fruto da joint venture anunciada da LG com a Magna International, uma nova empresa chamada LG Magna e-Powertrain foi oficialmente lançada esta semana.
A LG Business Solutions Company registou uma receita de 1,69 biliões de wons coreanos (1,50 mil milhões de dólares) no segundo trimestre de 2021, o que equivale a um sólido crescimento de 28,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, em grande parte impulsionado pela forte e contínua procura por PCs e monitores e pela recuperação gradual das soluções de digital signage e Hotel TVs. No entanto, o lucro operacional caiu para 61,70 mil milhões de wons coreanos (55,01 milhões de dólares) devido ao preço mais elevado dos principais componentes, como painéis LCD e wafers solares.
Os planos do segundo semestre do ano para um crescimento lucrativo dependem da recuperação contínua do mercado B2B associada à estabilização do fornecimento dos principais componentes e à redução ativa de custos.