À medida que o Mobile World Congress (MWC) 2024 se aproxima, a indústria tecnológica prepara-se para ser inundada por uma onda de inovações e gadgets futuristas. Entre as novidades que prometem captar a atenção do público, a Lenovo prepara-se para desvendar um produto que parece saído de um filme de ficção científica: um portátil transparente. Mas será esta inovação um marco significativo ou apenas mais um truque para atrair olhares?
O conceito de um portátil transparente, que a Lenovo apresentará em Barcelona, é sem dúvida intrigante. Este dispositivo é descrito como a próxima geração de híbridos, seguindo a linha dos dispositivos dobráveis e de dupla tela que atualmente despertam o interesse dos consumidores e dos entusiastas de tecnologia.
A ideia de um computador com componentes visíveis, onde a luz pode atravessar livremente o chassi e a tela, é visualmente impressionante e sugere um futuro onde a estética e a funcionalidade andam de mãos dadas.
A Lenovo não é a única a explorar a transparência em dispositivos eletrônicos. Gigantes como LG e Samsung já deram passos significativos nesta direção, com a LG apresentando painéis OLED transparentes e a Samsung seguindo o mesmo caminho. A evolução das tecnologias de exibição tem sido notável, e embora inicialmente os custos de produção fossem proibitivos, os avanços recentes tornaram a produção de painéis transparentes mais acessível, abrindo portas para a sua adoção em massa.
O portátil da Lenovo, além de ser um espetáculo visual, é um híbrido 2 em 1, semelhante em design ao ThinkBook Plus Gen 5 Hybrid. Este dispositivo já havia chamado a atenção por sua capacidade de operar tanto como um portátil Windows quanto como um tablet Android, mostrando o compromisso da Lenovo com a inovação. A nova máquina promete um ecrã completamente transparente e um design sem bordas, com um chassi que também parece transparente, exceto pelo quadro necessário para abrigar os portos de conexão.
No coração deste portátil futurista, espera-se que encontremos os processadores Intel Core Ultra de baixo consumo da série ‘U’ de 15 watts, que equilibram eficiência energética com desempenho. Acompanhando o processador, o dispositivo deverá incluir até 32 GB de memória LPDDR5x e até 1 TB de armazenamento SSD PCIe Gen 4. Além disso, antecipa-se que venha pré-instalado com o Windows 11 e atualizado com as mais recentes normas de conectividade, incluindo Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4.
Mas a pergunta que permanece é: precisamos realmente de um portátil transparente? A resposta pode não ser simples. Enquanto alguns podem ver este avanço como um passo desnecessário, outros podem valorizar a inovação pelo que ela representa um símbolo de progresso e um vislumbre do que pode ser possível no futuro.
Na minha opinião, embora o portátil transparente possa inicialmente parecer um truque para atrair atenção, ele representa um passo importante na exploração de novos materiais e no design de dispositivos eletrônicos. A transparência pode não ser uma necessidade funcional, mas pode abrir caminho para novas formas de interação com a tecnologia e, potencialmente, para aplicações ainda não imaginadas.
Fonte: Windowsreport