Japão coloca mais restrições às criptomoedas para combater lavagem de dinheiro

Os órgãos de regulação financeira do Japão ordenaram na sexta-feira diversas empresas de câmbios de criptomoedas, incluindo a bitFlyer (uma das maiores do país), a colocar mais restrições nos seus serviços e a melhorar as suas práticas contra lavagem de dinheiro.

Os serviços financeiros colocaram ordens a seis empresas diferentes. Em causa estarão inspecções conduzidas pelos serviços que encontraram falhas no sistema que facilitam a lavagem de dinheiro por parte de associações criminosas.

A BitFlyer parou de aceitar novos clientes

Numa declaração por escrito, a BitFlyer afirmou que parou, de forma voluntária, de aceitar a criação de novas contas de cliente até que as falhas encontradas pelas inspecções sejam corrigidas. Outras empresas bem conhecidas no mercado japonês como a Quione e a Bitbank foram alvo das mesmas inspecções e ordens.

Em causa ainda está o roubo digital à Coincheck

No início de 2018 a Coincheck, uma empresa de câmbios de criptomoeda japonesa, sofreu o maior roubo a moedas digitais de sempre. Foram roubados $530 milhões de dólares em moedas digitais. Este evento despertou um enorme debate público à volta da segurança e regulação deste tipo de transacções na internet.

Desde este assalto, as criptomoedas no Japão viram o governo apertar o cerco com as regulações mais apertadas do planeta nesta área.

O sistema de regulação mais apertado do mundo

O Japão foi o primeiro país a regular o mundo das criptomoedas. Em Março deste ano, na sequência do caso Coincheck, foi criado o maior restritivo modelo de regulação às criptomoedas do mundo. As autoridades japonesas avançaram com as regulações não apenas devido à falta de segurança das transacções, que poderia levar a outros assaltos, mas também devido ao seu potencial para o crime.

Quando as regulações foram anunciadas, um dos objectivos delineados pelas autoridades foi precisamente o combate à lavagem de dinheiro. Agora, as regulações estão a ser aplicadas com mão dura.

Fonte: Reuters

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