Itália decidiu baniu temporariamente do país os serviços da plataforma de inteligência artificial ChatGPT. Segundo a BBC, o órgão italiano de proteção de dados, determinou que a suspensão vai vigorar até que o ChatGPT respeite os regulamentos do país europeu.
A empresa norte-americana OpenAI, não estará a respeitar os dados dos utilizadores nem a informá-los sobre o que acontece com os dados que partilham. As autoridades locais questionam a ausência de um fundamento legal que justifique a recolha e armazenamento em massa de dados pessoais dos italianos, sem que estes o soubessem.
O popular software, capaz de simular e processar conversas humanas, foi atacado e a sua base de dados violada, tendo havido fuga de conversas de utilizadores e informações relativas ao pagamento dos subscritores da versão premium.
A OpenAI não tem sede na União Europeia, mas designou um representante para a região. A empresa deve comunicar nos próximos dias as providências tomadas em relação a este caso. Pode estar em causa uma multa de 20 milhões de euros.
Entretanto, a comissão irlandesa de proteção de dados – responsável por defender o direito fundamental dos cidadãos europeus de terem os seus dados pessoais protegidos – disse à BBC que está a acompanhar o regulador italiano para entender a base da sua ação e “irá coordenar-se com todas as Autoridades de proteção de dados da União Europeia” a propósito desta restrição.
O Information Commissioner’s Office, regulador independente de dados do Reino Unido, disse à BBC que “apoiaria” os desenvolvimentos em IA, mas que também estava pronto para “desafiar a não conformidade” com as leis de proteção de dados: “as empresas devem priorizar a proteção de dados pessoais e cumprir os rigorosos regulamentos de proteção de dados estabelecidos pela UE – a conformidade com os regulamentos não é um extra opcional”.