Investigadores portugueses criam seringa sem agulha

Uma equipa de investigadores portugueses desenvolveu uma seringa a laser que permite a administração de fármacos através da pele, sem que para isso seja necessário uma agulha. O protótipo já foi testado e deverá entrar no mercado no próximo ano.

A LaserLeap, assim se chama, utiliza uma tecnologia sem paralelo que combina o laser com materiais inovadores. O protótipo transforma a luz pulsada numa onda de pressão de duração muito curta, provocando o alargamento da estrutura da pele, tornando-a permeável à entrada das moléculas do fármaco administrado.

O processo é rápido, eficaz, de baixo custo e indolor. Após a aplicação a pele recupera a sua função protetora e  aparência normal no espaço de um minuto. O processo não danifica a derme já que a exposição aos ultrassons é diminuta. O resultado estético é perfeito porque a pele não é perfurada e permanece intacta e saudável. A LaserLeap pode ser aplicada no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, na administração de vacinas ou ainda em cosmética.

A seringa a laser desenvolvida pelos investigadores Luís Arnaut, Carlos Serpa e Gonçalo Sá, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), tem alcançado vários prémios e distinções. Em 2010 venceu o prémio RedEmprendia, no valor de 200 mil euros. Mais recentemente ganhou o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica. Neste concurso foram também estabelecidos contactos com empresários americanos interessados nesta nova tecnologia.

Entretanto foi constituída a empresa LaserLeap Technologies, uma incubadora do Instituto Pedro Nunes que comercializa a tecnologia desenvolvida.

9 COMENTÁRIOS

  1. Os Portugueses, nos contextos certos, são inventivos e empreendedores.

    Claro que uma tecnologia como esta, que mudará para melhor parte importante na nossa vida, não tem quaisquer comentários, andam todos a dizer mal da vida noutros posts…

    • Realmente é pena que as pessoas só se preocupem em dizer mal e só olhem para as desgraças.
      Enfim o “tuga” é asssim!

      Parabéns a este grupo e outros grupos de investigadores que acreditam no que fazem.

      • Não sou Velho do Restelo. Sou velho mas de S. Julião da Barra. Local de onde se partia para o desconhecido com toda a coragem. Estes e outros excelentes resultados aconteceram porque houve apoios estatais para a investigação. E agora ?? que investigação vamos ter quando os apoios são retirados ????. Não se investiga o (des) governo quanto mais nas Universidades.Mas não faz mal. é fácil. Depois, uns senhores (talvez relvas e outros que tais) criam uma empresa de Imprt/Export, comem comissões escandalosas e nós pagamos muito caladinhos. O Miguel Torga disse mais ou menos isto : SOMOS UNS REVOLTADOS MUITO PACÍFICOS, eu acrescento, por enquanto. Porque ninguém é burro a vida toda

  2. Uma inovação fantástica. É claro que o SNS com a redução de custos certamente não a irá implementar para já. No entanto embora seja uma solução com custos elevados iniciais concerteza que será recuperado a médio longo prazo. E um dos objetivos principais é o ser INDOLOR. Felizes daqueles que poderão vir a usufrir desta inovação. Qtas crianças são picadas diariamente com insulinas, por exemplo. Fantástico mesmo !!!! Parabéns a esta equipa.

  3. Fantástico. Felizes daqueles que possam vir a usufruir o quanto antes desta inovação. Pensem nas crianças que têm de ser picadas diariamente com insulina. Mto bom mesmo. É claro que o SNS para já não irá avançar com a aquisição deste tipo de material pois deve ser caro, no entanto é um investimento a médio longo prazo. Serão menos seringas, menos agulhas, …. Parabéns a este grupo brilhante !!! Continuem “GERAÇÃO FANTÁSTICA”.

  4. Quer queiramos ou não, foi graças ao grande investimento de novas tecnologias e a aposta nos cientistas portugueses, tudo graças ao anterior governo PS que sempre apostou na inovação, e ao qual é sabido que a europa cada vez mais tem que apostar beste tipo de investimento, agora o PSD até quer tirar bolsas de estudo para novos cientistas, o mériot que ja tivemos na ultima meia duzia de anos a nivel internacional, veem estes agora aacabar, é a chamada economia de retorno rapido, so que isto tem a outra face da moeda, e está à vista, piorou, com a estupida austeridade em demasia e a quebra de receita, assim jamais haverá dinheiro, para investimento, emprego e consumo, falaram mal na austeridade do PEC IV, afinal estes ja devem ir no PEC XX.
    Cambada, ate uma domestica fazia melhor.

  5. Uma das grandes inovações que já aconteceram no país. Vem revolucionar completamente a área da saúde e colocar Portugal na boca do Mundo.
    Nós temos capacidades incríveis e únicas, vamos lá tirar o nosso país da crise.

  6. Uma vacinação não intravenosa vai permitir a ausência de soluções bacterianas (que transportam a medicação pelo sangue) isso aumenta a validade no armazenamento das vacinas, a maior flexibilidade no tempo de transporte.. ou seja custos mais baixos. Ao contrario do pressuposto isto vai baixar o custo da vacinação

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